Hasta no verte jesús mío: uma leitura descolonial de Josefina Bórquez
Este artigo analisa a obra Hasta no verte Jesús Mío, de Elena Poniatowska, propondo a possibilidade de a narração, que é baseada em uma série de entrevistas cedidas por uma mexicana real chamada Josefina Bórquez, ser uma releitura crítica da realidade histórica e social na qual Bórquez viveu e a pa...
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2019-05-01
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doaj-422d00374b0d49b99c241a251b8238632021-02-03T08:08:01ZporPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisScripta1516-40392358-34282019-05-01234710.5752/P.2358-3428.2019v23n47p167-178Hasta no verte jesús mío: uma leitura descolonial de Josefina BórquezMaria Mirtis Caser0Mariana Marise Fernandes Leite1Universidade Federal do Espírito SantoUniversidade Federal do Espírito Santo Este artigo analisa a obra Hasta no verte Jesús Mío, de Elena Poniatowska, propondo a possibilidade de a narração, que é baseada em uma série de entrevistas cedidas por uma mexicana real chamada Josefina Bórquez, ser uma releitura crítica da realidade histórica e social na qual Bórquez viveu e a partir da qual surgiram suas memórias Desse ponto de vista, defende que essa releitura está em diálogo com o feminismo e, mais especificamente, com o conjunto de propostas ao qual se vincula o feminismo descolonial. Para tal fim, a análise parte do princípio de que o texto, pela ausência que possuiria de limites tanto em sua relação com a realidade, quanto em relação à ficção, como bem comprova o trabalho de Cynthia Steele (2018), é pertencente à gama de textos da tendência que Josefina Ludmer (2013) denomina de pós-autonomia. Apoia-se ainda em Elaine Showalter, em A crítica feminista no território selvagem (1994), e María Lugones em Colonialidad y Género (2018), Rumo Ao Feminismo Descolonial (2018) e Multiculturalismo radical y feminismos de mujeres de color (2018), para apresentar as semelhanças entre a narração e as noções de crítica feminista e de feminismo descolonial, de forma a apontá-lo como uma possível releitura descolonial da experiência original a partir da qual foi criado. http://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/19415Literatura em língua espanhola |
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Este artigo analisa a obra Hasta no verte Jesús Mío, de Elena Poniatowska, propondo a possibilidade de a narração, que é baseada em uma série de entrevistas cedidas por uma mexicana real chamada Josefina Bórquez, ser uma releitura crítica da realidade histórica e social na qual Bórquez viveu e a partir da qual surgiram suas memórias Desse ponto de vista, defende que essa releitura está em diálogo com o feminismo e, mais especificamente, com o conjunto de propostas ao qual se vincula o feminismo descolonial. Para tal fim, a análise parte do princípio de que o texto, pela ausência que possuiria de limites tanto em sua relação com a realidade, quanto em relação à ficção, como bem comprova o trabalho de Cynthia Steele (2018), é pertencente à gama de textos da tendência que Josefina Ludmer (2013) denomina de pós-autonomia. Apoia-se ainda em Elaine Showalter, em A crítica feminista no território selvagem (1994), e María Lugones em Colonialidad y Género (2018), Rumo Ao Feminismo Descolonial (2018) e Multiculturalismo radical y feminismos de mujeres de color (2018), para apresentar as semelhanças entre a narração e as noções de crítica feminista e de feminismo descolonial, de forma a apontá-lo como uma possível releitura descolonial da experiência original a partir da qual foi criado.
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