Variação e definição de queda de sílaba: o contexto segmental em Capivari-SP e Campinas-SP
Neste artigo, o objetivo é comparar o nível segmental de variação de queda de sílaba em duas cidades do interior de São Paulo, Capivari e Campinas, com base nos resultados da tese de Leal (2012). Decidiu-se por apresentar exclusivamente os resultados do contexto segmental porque é nesse nível fonoló...
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Universidade Federal de Minas Gerais
2017-11-01
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doaj-421a9ab4603b4f78846f7aeacdd9feaf2020-11-24T23:41:00ZengUniversidade Federal de Minas GeraisRevista de Estudos da Linguagem0104-05882237-20832017-11-0126118722010.17851/2237-2083.26.1.187-2209412Variação e definição de queda de sílaba: o contexto segmental em Capivari-SP e Campinas-SPEneida de Goes Leal0Universidade de São Paulo (USP) Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo CAPESNeste artigo, o objetivo é comparar o nível segmental de variação de queda de sílaba em duas cidades do interior de São Paulo, Capivari e Campinas, com base nos resultados da tese de Leal (2012). Decidiu-se por apresentar exclusivamente os resultados do contexto segmental porque é nesse nível fonológico que o processo é definido (LEAL, 2006, 2007). O trabalho foi fundamentado na geometria de traços (CLEMENTS; HUME, 1995) e na sociolinguística variacionista (cf. LABOV, 1972, 1994, 2001), aplicadas a um corpus de 48 entrevistas (24 em cada cidade). Os resultados revelam que consoantes coronais favorecem, e nasais desfavorecem o processo, em ambos os dialetos. No entanto, há uma grande diferença na implementação com dorsais: o processo é favorecido em Capivari e desfavorecido em Campinas. Quanto às vogais, pudemos verificar que há diferenças nas duas cidades, pois sequências [coronal + coronal] e [dorso-labial + coronal] são neutras em Capivari e favorecidas em Campinas. Também se constatou com os resultados que o OCP atua parcialmente no processo, já que rege a igualdade das consoantes, mas não das vogais. O que parece ser importante são as características da primeira sílaba – aquela sujeita ao apagamento. Finalmente, a análise conclui que a implementação da queda de sílaba se dá diferentemente nas duas cidades, no que concerne ao contexto segmental.http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/11121queda de sílabacontexto segmentalsociolinguística variacionistageometria de traços. |
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Neste artigo, o objetivo é comparar o nível segmental de variação de queda de sílaba em duas cidades do interior de São Paulo, Capivari e Campinas, com base nos resultados da tese de Leal (2012). Decidiu-se por apresentar exclusivamente os resultados do contexto segmental porque é nesse nível fonológico que o processo é definido (LEAL, 2006, 2007). O trabalho foi fundamentado na geometria de traços (CLEMENTS; HUME, 1995) e na sociolinguística variacionista (cf. LABOV, 1972, 1994, 2001), aplicadas a um corpus de 48 entrevistas (24 em cada cidade). Os resultados revelam que consoantes coronais favorecem, e nasais desfavorecem o processo, em ambos os dialetos. No entanto, há uma grande diferença na implementação com dorsais: o processo é favorecido em Capivari e desfavorecido em Campinas. Quanto às vogais, pudemos verificar que há diferenças nas duas cidades, pois sequências [coronal + coronal] e [dorso-labial + coronal] são neutras em Capivari e favorecidas em Campinas. Também se constatou com os resultados que o OCP atua parcialmente no processo, já que rege a igualdade das consoantes, mas não das vogais. O que parece ser importante são as características da primeira sílaba – aquela sujeita ao apagamento. Finalmente, a análise conclui que a implementação da queda de sílaba se dá diferentemente nas duas cidades, no que concerne ao contexto segmental. |
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