PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO: A FUNCIONALIDADE DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Considerando o crescente número de políticas públicas de qualificação profissional voltadas para a juventude, apresentam-se os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar a forma de inserção da juventude brasileira no mercado de trabalho. Tendo como movimento metodológico a análise dos pro...
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Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS
2015-07-01
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doaj-4214878998bc43449d575636d9ed1a052020-11-25T03:18:19ZengEditora Universitária Champagnat - PUCPRESSRevista Diálogo Educacional1518-34831981-416X2015-07-01154424526610.7213/dialogo.educ.15.044.AC035197PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO: A FUNCIONALIDADE DA EDUCAÇÃO PROFISSIONALRamon de Oliveira0Universidade Federal de PernambucoConsiderando o crescente número de políticas públicas de qualificação profissional voltadas para a juventude, apresentam-se os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar a forma de inserção da juventude brasileira no mercado de trabalho. Tendo como movimento metodológico a análise dos programas públicos de qualificação profissional e a análise de dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e do Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e, tendo como aporte teórico a literatura que discute o mercado de trabalho brasileiro e as políticas de juventude, defende-se que as políticas públicas de qualificação profissional, particularmente as voltadas para a juventude, ampliadas no mandato do presidente Lula e continuadas no governo Dilma, ao pautarem-se pelo desenvolvimento de competências laborais, pelo fortalecimento da empregabilidade e pelo objetivo de formar sujeitos empreendedores, reforçam a ideologia da meritocracia, bem como individualizam o enfrentamento ao problema do desemprego, retirando do Estado o compromisso social e político de enfrentamento à lógica desestruturante do capital. Conclui-se que essas políticas articulam-se diretamente à má qualidade da escola pública e convertem-se em instrumentos funcionais ao processo de reprodução do capital e de acirramento dos processos de exploração dos trabalhadores, direcionando-se basicamente à formação de uma mão de obra capaz de adequar-se subjetiva e tecnicamente a postos de trabalho precarizados.https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/5134 |
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Considerando o crescente número de políticas públicas de qualificação profissional voltadas para a juventude, apresentam-se os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar a forma de inserção da juventude brasileira no mercado de trabalho. Tendo como movimento metodológico a análise dos programas públicos de qualificação profissional e a análise de dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e do Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e, tendo como aporte teórico a literatura que discute o mercado de trabalho brasileiro e as políticas de juventude, defende-se que as políticas públicas de qualificação profissional, particularmente as voltadas para a juventude, ampliadas no mandato do presidente Lula e continuadas no governo Dilma, ao pautarem-se pelo desenvolvimento de competências laborais, pelo fortalecimento da empregabilidade e pelo objetivo de formar sujeitos empreendedores, reforçam a ideologia da meritocracia, bem como individualizam o enfrentamento ao problema do desemprego, retirando do Estado o compromisso social e político de enfrentamento à lógica desestruturante do capital. Conclui-se que essas políticas articulam-se diretamente à má qualidade da escola pública e convertem-se em instrumentos funcionais ao processo de reprodução do capital e de acirramento dos processos de exploração dos trabalhadores, direcionando-se basicamente à formação de uma mão de obra capaz de adequar-se subjetiva e tecnicamente a postos de trabalho precarizados. |
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