Abandono de estações férreas: cartografia nas cidades de Jaguarão e Rio Branco na fronteira Brasil-Uruguay
Durante quase um século, as estações férreas funcionaram como ponto de embarque e desembarque de passageiros. Por volta de 1990 ocorre a interrupção de seu uso original e as edificações tornaram-se obsoletas e, por consequência, criaram-se territórios abandonados. Neste trabalho, busca-se explorar o...
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Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura
2020-03-01
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Series: | Revista Latino Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
Online Access: | http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1751 |
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doaj-415c44364782464db265840a318416002020-11-25T03:24:37ZspaCentro Latino-Americano de Estudos em CulturaRevista Latino Americana de Estudos em Cultura e Sociedade2525-78702020-03-016410.23899/relacult.v6i4.17511005Abandono de estações férreas: cartografia nas cidades de Jaguarão e Rio Branco na fronteira Brasil-UruguayVanessa Forneck0Eduardo Rocha1Universidade Federal de PelotasUniversidade Federal de PelotasDurante quase um século, as estações férreas funcionaram como ponto de embarque e desembarque de passageiros. Por volta de 1990 ocorre a interrupção de seu uso original e as edificações tornaram-se obsoletas e, por consequência, criaram-se territórios abandonados. Neste trabalho, busca-se explorar os territórios no entorno das estações férreas abandonadas, analisando as relações dessas edificações com quem habita aqueles espaços, compreendendo de que modo o local é sentido e vivenciado. O método adotado é o da cartografia sensível, onde são mapeados os processos vivenciados a partir de uma experiência em um território. As cidades-gêmeas de Jaguarão e Rio Branco apresentam a presença da ponte e da passagem do trem como indicadores de uma ação de ruptura, do atravessamento dessa linha de fronteira. Assim, as estações férreas possuíam uma força que atuava na conexão entre os países, e que hoje, não são mais encontradas. De forma simplificada, o abandono das estações férreas apresenta-se de duas maneiras. A primeira é um abandono visível, é estar nitidamente abandonada, sendo perceptível seus sintomas através de rachaduras aparentes, infiltrações, depredações. A segunda maneira é de um abandono invisível, oculto, que vai além da aparência material. As especificidades encontradas nesses territórios, auxiliam na elaboração de pistas que revelam as potencialidades que surgem a partir desses atravessamentos. Compreende-se o modo que as pessoas se apropriam das estações férreas e de que maneira podem ser propostas futuras intervenções nesses espaços, pensando na valorização da edificação patrimonial e nas novas dinâmicas encontradas nesses territórios.http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1751 |
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Durante quase um século, as estações férreas funcionaram como ponto de embarque e desembarque de passageiros. Por volta de 1990 ocorre a interrupção de seu uso original e as edificações tornaram-se obsoletas e, por consequência, criaram-se territórios abandonados. Neste trabalho, busca-se explorar os territórios no entorno das estações férreas abandonadas, analisando as relações dessas edificações com quem habita aqueles espaços, compreendendo de que modo o local é sentido e vivenciado. O método adotado é o da cartografia sensível, onde são mapeados os processos vivenciados a partir de uma experiência em um território. As cidades-gêmeas de Jaguarão e Rio Branco apresentam a presença da ponte e da passagem do trem como indicadores de uma ação de ruptura, do atravessamento dessa linha de fronteira. Assim, as estações férreas possuíam uma força que atuava na conexão entre os países, e que hoje, não são mais encontradas. De forma simplificada, o abandono das estações férreas apresenta-se de duas maneiras. A primeira é um abandono visível, é estar nitidamente abandonada, sendo perceptível seus sintomas através de rachaduras aparentes, infiltrações, depredações. A segunda maneira é de um abandono invisível, oculto, que vai além da aparência material. As especificidades encontradas nesses territórios, auxiliam na elaboração de pistas que revelam as potencialidades que surgem a partir desses atravessamentos. Compreende-se o modo que as pessoas se apropriam das estações férreas e de que maneira podem ser propostas futuras intervenções nesses espaços, pensando na valorização da edificação patrimonial e nas novas dinâmicas encontradas nesses territórios. |
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