Summary: | <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal;"><span style="font-family: &quot;Times New Roman&quot;; font-size: 12pt;">Recentemente a problem&aacute;tica dos &ldquo;brasiguaios&rdquo; voltou a figurar nas p&aacute;ginas da grande imprensa brasileira. A bola da vez foi o acampamento dos brasiguaios no munic&iacute;pio de Itaquira&iacute; &ndash; MS. Aproveitando o momento, este texto analisa, de um lado, o processo de imigra&ccedil;&atilde;o brasileira na Regi&atilde;o Fronteiri&ccedil;a Oriental do Paraguai, em decorr&ecirc;ncia do fechamento da fronteira agr&iacute;cola no estado do Paran&aacute; entre as d&eacute;cadas de 1960 e 1970, gerando a <em>expuls&atilde;o,</em> e dos incentivos dados pelo governo de Stroessner &agrave; imigra&ccedil;&atilde;o brasileira como fator de <em>atra&ccedil;&atilde;o</em>. Por outro, discute a configura&ccedil;&atilde;o de um novo processo migrat&oacute;rio com sinais invertidos a partir de meados da d&eacute;cada de 1980. Com a conclus&atilde;o dos trabalhos de desflorestamento e limpeza dos terrenos, as terras dispon&iacute;veis para os contratos de arrendamento progressivamente chegaram ao fim. Exclu&iacute;dos do acesso a terra, restou aos brasiguaios o trabalho assalariado nas m&eacute;dias e grandes propriedades, nos silos e nas cidades. Enfim, a mecaniza&ccedil;&atilde;o da agricultura, a incorpora&ccedil;&atilde;o da pequena propriedade pelas grandes e a aus&ecirc;ncia dos direitos trabalhistas e sociais t&ecirc;m levado os brasiguaios, h&aacute; mais de 20 anos, a buscar o caminho de volta e a lutar pela terra no Brasil.</span></p>
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