Influência da propriedade familiar na estrutura e custo de capital das empresas brasileiras

Este estudo mensura a influência da propriedade na estrutura de capital das empresas familiares, comparando com as empresas não familiares, listadas na B3. As relações existentes entre estas variáveis são alvo de discussões e não há na literatura um consenso quanto à influência exercida pela gestão...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Roberto Wildner, Ieda Margarete Oro, David Rodrigo Petry
Format: Article
Language:English
Published: Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina 2020-05-01
Series:Revista Catarinense da Ciência Contábil
Subjects:
Online Access:http://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/2913
Description
Summary:Este estudo mensura a influência da propriedade na estrutura de capital das empresas familiares, comparando com as empresas não familiares, listadas na B3. As relações existentes entre estas variáveis são alvo de discussões e não há na literatura um consenso quanto à influência exercida pela gestão familiar na estrutura de capital. Para tanto, este estudo caracteriza-se como descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram resgatados da base de dados Economatica e a amostra consistiu de 269 empresas entre as familiares e não familiares. A revisão de literatura gerou 6 hipóteses que observaram as dimensões de propriedade, endividamento e custo de capital. Os dados foram tratados e analisados com auxílio do software SPSS, mediante estatística descritiva, correlação e regressão linear. Os resultados demonstram que o Endividamento a Longo Prazo e o Endividamento Total apresentaram coeficientes negativos, o que denota uma relação inversamente proporcional entre eles e a gestão familiar. Na regressão, os resutados apontam que as dimensões de propriedade na gestão familiar e a concentração acionária influenciam significativamente no endividamento das empresas. Denota-se uma tendência de que essa influência em empresas familiares torna-se mais significativa quando avaliada em aspectos de longo prazo. Mesmo com essa característica, empresas familiares tendem a apresentar-se menos endividadas se comparadas às demais. O controle acionário nelas não se mostrou significante nas análises propostas. E a relação entre gestão familiar, concentração acionária e controle acionário com o custo de capital não demonstrou significância, divergindo de outros estudos que evidenciaram significativas influências nessas relações. Ao final são apresentadas limitações e sugestões para novas investigações.
ISSN:1808-3781
2237-7662