Belazarte e Malazarte: caras de um intelectual ficcional
Entre 1923 e 1924 Mário de Andrade publica, na Revista América Brasileira, de periodicidade mensal, as Crônicas de Malazarte. Nelas, constrói três personagens com gostos, opiniões e afetos distintos: Malazarte, Belazarte e Mário. As vozes ficcionais no espaço da revista, falando da mais iminente con...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina
2017-09-01
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Series: | Boletim de Pesquisa NELIC |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/50952 |
Summary: | Entre 1923 e 1924 Mário de Andrade publica, na Revista América Brasileira, de periodicidade mensal, as Crônicas de Malazarte. Nelas, constrói três personagens com gostos, opiniões e afetos distintos: Malazarte, Belazarte e Mário. As vozes ficcionais no espaço da revista, falando da mais iminente contingência brasileira, são caras, estratégias de Mário para assumir posturas políticas, sem que ocupe o lugar convencionalmente atribuído ao intelectual (aquele que sabe a verdade e a enuncia). Caras é também o nome de um ensaio sobre Chaplin na revista Espírito Novo, no qual Mário de Andrade separa e reúne diretor, criador, ator e personagem, Charles Chaplin e Carlitos. A cara de Carlitos, ostensivamente ficcional, é uma força capaz de imobilizar o que é só movimento, o cinema. Mário de Andrade pensa dentro da ficção, distribui-se nas caras das personagens às quais dá voz, esquiva-se dos lugares de poder, logrando interromper sua tradição. |
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ISSN: | 1518-7284 1984-784X |