O paradoxo do diagnóstico precoce de câncer
Como circunscrever o discurso do paciente que teve diagnóstico de câncer com técnicas de detecção precoce dessa doença? A partir de dois casos clínicos, tentamos desenvolver a idéia de um efeito traumático no paciente ao ser informado desta doença potencialmente mortal. Assistimos à recomposiçao do...
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Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental
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doaj-3f8873e81c764373b84374e4364001ed2020-11-24T22:07:43ZengAssociação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia FundamentalRevista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental1984-03819348449510.1590/1415-47142006003008S1415-47142006000300008O paradoxo do diagnóstico precoce de câncerCristina Lindenmeyer-Saint MartinComo circunscrever o discurso do paciente que teve diagnóstico de câncer com técnicas de detecção precoce dessa doença? A partir de dois casos clínicos, tentamos desenvolver a idéia de um efeito traumático no paciente ao ser informado desta doença potencialmente mortal. Assistimos à recomposiçao do fantasma de morte com o enunciado do discurso médico, figura reduplicada dos pais não protetores. E o corpo constitui-se como um objeto “fobogênico”, lugar de projeção do traumático. Desta forma o sujeito instala-se numa posição de identificação ao agressor segundo os termos de Ferenczi. Durante o tempo em que o paciente se mantiver numa posição exterior em relação ao seu corpo libidinal – e será isto que facilitará o discurso médico – ele ficará hipnotizado pelo agressor, repetindo desta forma um comportamento infantil, de submissão aos maus pais. Despossuídos de seus próprios corpos, esses pacientes testemunham dos destinos pulsionais mais variáveis, chegando a formas mais mórbidas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142006000300008&lng=en&tlng=enCáncerfantasmaidentificación com el agresormórbidas |
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Como circunscrever o discurso do paciente que teve diagnóstico de câncer com técnicas de detecção precoce dessa doença? A partir de dois casos clínicos, tentamos desenvolver a idéia de um efeito traumático no paciente ao ser informado desta doença potencialmente mortal. Assistimos à recomposiçao do fantasma de morte com o enunciado do discurso médico, figura reduplicada dos pais não protetores. E o corpo constitui-se como um objeto “fobogênico”, lugar de projeção do traumático. Desta forma o sujeito instala-se numa posição de identificação ao agressor segundo os termos de Ferenczi. Durante o tempo em que o paciente se mantiver numa posição exterior em relação ao seu corpo libidinal – e será isto que facilitará o discurso médico – ele ficará hipnotizado pelo agressor, repetindo desta forma um comportamento infantil, de submissão aos maus pais. Despossuídos de seus próprios corpos, esses pacientes testemunham dos destinos pulsionais mais variáveis, chegando a formas mais mórbidas. |
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