Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro
Dona YáYá, ou Sebastiana de Mello Freire (1887 - 1961) conheceu a riqueza material ao nascer na alta burguesia do Estado de São Paulo e posteriormente a pobreza moral quando confinada em casa por 36 anos (1925-1961), diagnosticada como 'psicose esquizofrênica', como relatava a linguagem mé...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Université de Limoges
2021-05-01
|
Series: | Trayectorias Humanas Trascontinentales |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.unilim.fr/trahs/3499 |
id |
doaj-3e53131de1554af9af2a29aea70d4b8f |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-3e53131de1554af9af2a29aea70d4b8f2021-05-28T13:33:10ZengUniversité de LimogesTrayectorias Humanas Trascontinentales2557-06332021-05-01910.25965/trahs.34993499Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentroPaulo Celso da Silva0https://orcid.org/0000-0002-0494-7408Mara Rovida1https://orcid.org/0000-0001-6540-6720Universidade de Sorocaba, BrasilUniversidade de Sorocaba, BrasilDona YáYá, ou Sebastiana de Mello Freire (1887 - 1961) conheceu a riqueza material ao nascer na alta burguesia do Estado de São Paulo e posteriormente a pobreza moral quando confinada em casa por 36 anos (1925-1961), diagnosticada como 'psicose esquizofrênica', como relatava a linguagem médica da época. A casa onde ficou confinada na cidade de São Paulo, então longe do centro, em uma chácara de 2600 m², foi se transformando com as mudanças de saúde. Este artigo apresenta um panorama do personagem no contexto da época que viveu para, em seguida, fazer uma análise do peso que um cotidiano trágico traz para todos, mas com mais intensidade e força para uma mulher confinada e não mais dona de seu tempo presente e futuro. Seus problemas e dificuldades mentais são interpretados moralmente, assim como suas escolhas, por exemplo, o fato de não aceitar os pretendentes ao casamento foi considerado pelos médicos como um transtorno mental. O diagnóstico masculino contrastou com o cuidado diário das amigas, que dedicaram a vida a garantir um pouco do bem-estar. Aplicando um estilo de ensaio, pretendemos levar o leitor ao tempo da personagem e dar a conhecer os valores de uma sociedade industrial que se formava em São Paulo e o papel feminino burguês em construção.https://www.unilim.fr/trahs/3499confinementvie quotidiennedona yáyámorale bourgeoisesão paulo |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Paulo Celso da Silva Mara Rovida |
spellingShingle |
Paulo Celso da Silva Mara Rovida Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro Trayectorias Humanas Trascontinentales confinement vie quotidienne dona yáyá morale bourgeoise são paulo |
author_facet |
Paulo Celso da Silva Mara Rovida |
author_sort |
Paulo Celso da Silva |
title |
Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro |
title_short |
Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro |
title_full |
Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro |
title_fullStr |
Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro |
title_full_unstemmed |
Cum finis.... quum finis! Dona Yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro |
title_sort |
cum finis.... quum finis! dona yáyá vivia dentro dela dentro da casa dentro dela dentro |
publisher |
Université de Limoges |
series |
Trayectorias Humanas Trascontinentales |
issn |
2557-0633 |
publishDate |
2021-05-01 |
description |
Dona YáYá, ou Sebastiana de Mello Freire (1887 - 1961) conheceu a riqueza material ao nascer na alta burguesia do Estado de São Paulo e posteriormente a pobreza moral quando confinada em casa por 36 anos (1925-1961), diagnosticada como 'psicose esquizofrênica', como relatava a linguagem médica da época. A casa onde ficou confinada na cidade de São Paulo, então longe do centro, em uma chácara de 2600 m², foi se transformando com as mudanças de saúde. Este artigo apresenta um panorama do personagem no contexto da época que viveu para, em seguida, fazer uma análise do peso que um cotidiano trágico traz para todos, mas com mais intensidade e força para uma mulher confinada e não mais dona de seu tempo presente e futuro. Seus problemas e dificuldades mentais são interpretados moralmente, assim como suas escolhas, por exemplo, o fato de não aceitar os pretendentes ao casamento foi considerado pelos médicos como um transtorno mental. O diagnóstico masculino contrastou com o cuidado diário das amigas, que dedicaram a vida a garantir um pouco do bem-estar. Aplicando um estilo de ensaio, pretendemos levar o leitor ao tempo da personagem e dar a conhecer os valores de uma sociedade industrial que se formava em São Paulo e o papel feminino burguês em construção. |
topic |
confinement vie quotidienne dona yáyá morale bourgeoise são paulo |
url |
https://www.unilim.fr/trahs/3499 |
work_keys_str_mv |
AT paulocelsodasilva cumfinisquumfinisdonayayaviviadentrodeladentrodacasadentrodeladentro AT mararovida cumfinisquumfinisdonayayaviviadentrodeladentrodacasadentrodeladentro |
_version_ |
1721423773009182720 |