O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil
Resumo O artigo tem como objetivo analisar as condições de saúde mental dos presos e custodiados do estado do Rio de Janeiro e sua relação com o aprisionamento, através da análise de escala de depressão e do Inventário de Sintomas de Estresse. Amostra: 1573 indivíduos, obtidos por amostragem estrati...
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
2016-07-01
|
Series: | Ciência & Saúde Coletiva |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016000702089&lng=en&tlng=en |
id |
doaj-3e411e9a63b543c6ba0b3e3720d5ed38 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-3e411e9a63b543c6ba0b3e3720d5ed382020-11-25T02:49:14ZengAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva1413-81232016-07-012172089210010.1590/1413-81232015217.01222016S1413-81232016000702089O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, BrasilPatricia ConstantinoSimone Gonçalves de AssisLiana Wernersbach PintoResumo O artigo tem como objetivo analisar as condições de saúde mental dos presos e custodiados do estado do Rio de Janeiro e sua relação com o aprisionamento, através da análise de escala de depressão e do Inventário de Sintomas de Estresse. Amostra: 1573 indivíduos, obtidos por amostragem estratificada proporcional ao tamanho. População estudada: mais da metade possui até 29 anos; 70,6% têm cor da pele preta/parda; 80% têm religião, 77,4% com bom vínculo familiar; 42,9% têm menos de um ano de prisão; 22,9% trabalham no presídio. Estresse: 35,8% dos homens e 57,9% das mulheres. Fatores associados ao estresse entre homens: tempo de prisão e vínculo familiar. Presos com 1 a 9 anos de prisão possuem uma chance igual a 0,55 a daqueles com menos de 1 ano de reclusão; aqueles com vínculo regular e ruim possuem chance maior em relação àqueles com bom vínculo. Entre as mulheres, o vínculo regular/ruim representa maior chance de desenvolvimento dos problemas de saúde mental; trabalho representou proteção contra o estresse. Depressão: 7,5% das mulheres e 6,3 % dos homens apresentam sintomas depressivos graves. Entre os homens, praticar alguma religião, ter bom vínculo familiar e trabalhar na prisão são fatores protetores. Entre mulheres, apenas vínculo familiar associou-se com sintomas depressivos.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016000702089&lng=en&tlng=enSaúde mentalDepressãoEstressePrisões |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Patricia Constantino Simone Gonçalves de Assis Liana Wernersbach Pinto |
spellingShingle |
Patricia Constantino Simone Gonçalves de Assis Liana Wernersbach Pinto O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil Ciência & Saúde Coletiva Saúde mental Depressão Estresse Prisões |
author_facet |
Patricia Constantino Simone Gonçalves de Assis Liana Wernersbach Pinto |
author_sort |
Patricia Constantino |
title |
O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil |
title_short |
O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil |
title_full |
O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil |
title_fullStr |
O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil |
title_full_unstemmed |
O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil |
title_sort |
o impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do rio de janeiro, brasil |
publisher |
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
series |
Ciência & Saúde Coletiva |
issn |
1413-8123 |
publishDate |
2016-07-01 |
description |
Resumo O artigo tem como objetivo analisar as condições de saúde mental dos presos e custodiados do estado do Rio de Janeiro e sua relação com o aprisionamento, através da análise de escala de depressão e do Inventário de Sintomas de Estresse. Amostra: 1573 indivíduos, obtidos por amostragem estratificada proporcional ao tamanho. População estudada: mais da metade possui até 29 anos; 70,6% têm cor da pele preta/parda; 80% têm religião, 77,4% com bom vínculo familiar; 42,9% têm menos de um ano de prisão; 22,9% trabalham no presídio. Estresse: 35,8% dos homens e 57,9% das mulheres. Fatores associados ao estresse entre homens: tempo de prisão e vínculo familiar. Presos com 1 a 9 anos de prisão possuem uma chance igual a 0,55 a daqueles com menos de 1 ano de reclusão; aqueles com vínculo regular e ruim possuem chance maior em relação àqueles com bom vínculo. Entre as mulheres, o vínculo regular/ruim representa maior chance de desenvolvimento dos problemas de saúde mental; trabalho representou proteção contra o estresse. Depressão: 7,5% das mulheres e 6,3 % dos homens apresentam sintomas depressivos graves. Entre os homens, praticar alguma religião, ter bom vínculo familiar e trabalhar na prisão são fatores protetores. Entre mulheres, apenas vínculo familiar associou-se com sintomas depressivos. |
topic |
Saúde mental Depressão Estresse Prisões |
url |
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016000702089&lng=en&tlng=en |
work_keys_str_mv |
AT patriciaconstantino oimpactodaprisaonasaudementaldospresosdoestadodoriodejaneirobrasil AT simonegoncalvesdeassis oimpactodaprisaonasaudementaldospresosdoestadodoriodejaneirobrasil AT lianawernersbachpinto oimpactodaprisaonasaudementaldospresosdoestadodoriodejaneirobrasil |
_version_ |
1724744881794973696 |