Henry David Thoreau’s 'Walden': Immigration, Ecocriticism, and Otherness

This essay aims at revisiting Henry David Thoreau’s 'Walden' (1854), especially the episode in chapter X, “Baker Farm,” where Thoreau introduces the reader to an Irish immigrant, John Field. A hard-working farmer, Field thinks he is moving his way up the American social ladder and, presuma...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Reinaldo Francisco Silva
Format: Article
Language:English
Published: Ubiquity Press 2020-01-01
Series:Anglo Saxonica
Subjects:
Online Access:https://www.revista-anglo-saxonica.org/articles/7
Description
Summary:This essay aims at revisiting Henry David Thoreau’s 'Walden' (1854), especially the episode in chapter X, “Baker Farm,” where Thoreau introduces the reader to an Irish immigrant, John Field. A hard-working farmer, Field thinks he is moving his way up the American social ladder and, presumably, dream, when, in fact, Thoreau tells us he is toiling just to feed unnecessary body needs. Whereas Field views his coming to America as a blessing for he could purchase these commodities, Thoreau notes that “the only true America is that country where you are at liberty to pursue such a mode of life as may enable you to do without these.” This episode will assist me in my discussion of Thoreau’s environmental concerns by way of focusing on Otherness – in this case, an Irishman, a victim of the Hungry Forties. I will attempt to show Thoreau as a man complicit with racial stereotyping considering that in this passage he viewed the Irish as slovenly, dirty, imbecile, and good-for-nothing. Throughout the nineteenth-century, such racial stereotyping would be extended to other ethnic minorities arriving at the turn-of-the-century and a subject of inquiry by ethnologists and sociologists. The Irish, who had to fight for their whiteness, were not alone in this battle considering that Southern Europeans – with the Portuguese, in particular – were said to possess “some negro blood,” as Donald Taft has argued in 'Two Portuguese Communities in New England' (1923). This rhetoric would be later on fine-tuned during the Eugenics movement in the 1920s and culminating in the Holocaust during World War II. My contention in this essay is that Thoreau was complicit with America’s paranoia about the boundaries of whiteness.   Resumo O presente ensaio propõe-se revisitar a obra de Henry David Thoreau, 'Walden', publicada em 1854, sobretudo o episódio no capítulo X, “Baker Farm,” onde Thoreau nos apresenta um emigrante irlandês, John Field. Um trabalhador incansável, Field julga estar a subir a pulso na vida na sociedade norte-americana e, presumivelmente, a concretizar o sonho americano, quando, de facto, Thoreau diz-nos que ele está simplesmente a labutar para satisfazer necessidades corporais desnecessárias. Enquanto Field entende que a sua vinda para a América foi uma bênção, na medida em que agora podia adquirir estes géneros, Thoreau comenta que “a verdadeira América é unicamente aquele país onde se tem liberdade para que se possa seguir o estilo de vida que nos permita passar sem eles.” Este episódio proporciona uma análise das preocupações ambientalistas de Thoreau, por via das suas perceções do Outro, nomeadamente a de um irlandês, vitima da fome no seu país (década de 1840). Tentaremos demonstrar como Thoreau foi conivente com a utilização dos estereótipos racistas na medida em que neste trecho descreve os irlandeses como sendo pouco asseados, sujos, imbecis e sem grande iniciativa. Ao longo do século XIX, estes estereótipos raciais também seriam aplicados a outras minorias étnicas, que chegavam á América em finais do século, assim como um tema de pesquisa para etnólogos e sociólogos. Esta luta em serem tratados como brancos não se aplicou somente aos irlandeses na medida em que se dizia que os povos da Europa do Sul – nomeadamente os portugueses – possuíam “algum sangue negro,” tal como afirmara Donald Taft na sua obra, 'Two Portuguese Communities in New England' (1923). Mais tarde, esta retórica tornar-se-ia mais acutilante durante a vigência do movimento da Eugenia durante a década de 1920 e culminando, deste modo, no Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. O argumento principal neste ensaio é que Thoreau se revelou como cúmplice da paranoia norte-americana relativamente as fronteiras do que se convencionou ser-se de raça branca.   Palavras-Chave: Henry David Thoreau e 'Walden'; Henry David Thoreau e a emigração; Henry David Thoreau e a ecocrítica; Henry David Thoreau e o Outro
ISSN:2184-6006