O diálogo como ato amoroso em Platão: Um breve ensaio

<p>Pretende-se abordar dois temas fundamentais para qualquer estudioso da obra platônica: a forma dialogal da escrita filosófica e o aspecto erótico da filosofia. A interpretação apresentada propõe que a morte de Sócrates condenado pela democracia rompeu a possibilidade de comunicação entre o...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Camila do Espírito Santo Prado de Oliveira
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2015-10-01
Series:Princípios
Subjects:
Online Access:http://www.periodicos.ufrn.br/principios/article/view/7630
Description
Summary:<p>Pretende-se abordar dois temas fundamentais para qualquer estudioso da obra platônica: a forma dialogal da escrita filosófica e o aspecto erótico da filosofia. A interpretação apresentada propõe que a morte de Sócrates condenado pela democracia rompeu a possibilidade de comunicação entre o filósofo e a cidade. Sócrates, como amante que é, afirma agir em benefício da cidade que, no entanto, reconhece na atividade do filósofo a corrupção de seus costumes. A escrita platônica seria, então, a recriação da possibilidade de diálogo entre filosofia e cidade. Como Aquiles volta à batalha após a morte de Pátroclo, Platão lança-se ao obrar filosófico como amante do filósofo-amante morto. Suas armas: os diálogos.</p>
ISSN:0104-8694
1983-2109