MORDIDA: EM QUEM DÓI MAIS?

O início da vida escolar da criança é marcante tanto para pais quanto para professores. É comum que ao ingressar no ambiente escolar, as crianças vivenciem novas experiências e relações sociais distantes do ambiente familiar, demonstrando assim comportamentos, tais como: choro, timidez e mordidas....

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: FERREIRA, A.L.N., CARVALHO, J.C., OLIVEIRA, L.C., NOGUEIRA, L.A.
Format: Article
Language:English
Published: Institutos Superiores de Ensino do CENSA 2015-12-01
Series:Perspectivas Online : Humanas e Sociais Aplicadas
Subjects:
Online Access:http://seer.perspectivasonline.com.br/index.php/humanas_sociais_e_aplicadas/article/view/853/689
Description
Summary:O início da vida escolar da criança é marcante tanto para pais quanto para professores. É comum que ao ingressar no ambiente escolar, as crianças vivenciem novas experiências e relações sociais distantes do ambiente familiar, demonstrando assim comportamentos, tais como: choro, timidez e mordidas. O presente trabalho tem como objetivo analisar a opinião dos pais e responsáveis de crianças na faixa etária de 18 meses a 2 anos em relação à mordida no ambiente escolar. Diante esta situação, a psicóloga clínica e escolar Hennemann (2004) explica: “Esta é uma manifestação de desenvolvimento considerada impulsiva e exploratória”. Este comportamento aparece e desaparece à medida que a criança amadurece e encontra outras formas de exploração do ambiente. Freud (1920) explica que a fase oral é o período em que a criança sente necessidade de levar à boca tudo o que estiver ao seu alcance, pois o prazer vital está ligado à nutrição. Ela experimenta o mundo com o que conhece melhor: a boca. Outra razão é a necessidade de se comunicar. A metodologia utilizada nesse trabalho utilizou a abordagem qualitativa e quantitativa. Foram analisadas 26 entrevistas realizadas com os pais dos alunos do pré-maternal do CENSA. O período de adaptação escolar é o período em que as mordidas mais acontecem por isso nessa época sua intervenção deve ser maior. Diante dos resultados obtidos, observamos que muitos pais apesar de entender que a mordida faz parte desta faixa etária, mostram-se desconfortáveis com esta situação e buscam junto à escola, estratégias capazes de minimizar esta atitude da criança. Não veem a mordida como algo natural, mas também não supervalorizam o ato como violência. Buscam entender o contexto onde geralmente aconteceu a situação e agem junto aos professores, seguindo as orientações da escola. Constatamos que a parceria entre escola e família é o elemento fundamental para garantir que esta situação seja superada de forma natural, visando favorecer o desenvolvimento infantil de maneira integral e sua atuação no meio social de forma tranquila, harmônica e prazerosa, alcançando a autonomia moral e intelectual.
ISSN:2236-8876
2236-8876