Summary: | Desde o retorno da Sociologia aos currículos escolares, algumas questões vêm sendo suscitadas em torno do ensino de Sociologia na Educação Básica: questões relacionadas à prática pedagógica e de cunho epistemológico. Influenciadas pela crítica pós-colonial, tais questões observam o fato de a Sociologia ser um conhecimento acadêmico forjado na Europa a partir de uma epistéme local e parcial. Deslocando a noção da Sociologia - enquanto ciência moderna que pensa a si mesma como conhecimento universal - é possível levantar uma série de indagações que evidenciem as ausências que têm sido produzidas pela teoria sociológica e pelo seu ensino. O foco deste artigo é contribuir para o exame da relação do ensino de Sociologia com os chamados estudos pós-coloniais, tendo como base o currículo escolar. Considera-se que as demandas políticas por reconhecimento da diferença, em termos culturais, territoriais e epistemológicos, e as insurgências de grupos e movimentos sociais, postas há décadas no Brasil, têm impactado a formulação de políticas públicas, entre as quais, políticas curriculares em Educação.
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