Histopatologia da forma localizada de leishmaniose cutânea por Leishmania (Leishmania) amazonensis Histopathology of the localized form of cutaneous leishmaniasis due to Leishmania (Leishmania) amazonensis

São descritas as alterações microscópicas presentes na forma localizada (ulcerada) da Leishmaniose cutânea produzida por Leishmania (Leishmania) amazonensis. Nesse tipo de manifestação, menos conhecido do que a forma anérgica ou difusa devida ao mesmo agente, as lesões são clinicamente idênticas às...

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Bibliographic Details
Main Authors: Mário A. P. Moraes, Fernando T. Silveira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 1994-10-01
Series:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651994000500011
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spelling doaj-3c6c3d2c13674fb580704d985828422e2020-11-24T22:33:41ZengUniversidade de São PauloRevista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo0036-46651678-99461994-10-0136545946310.1590/S0036-46651994000500011Histopatologia da forma localizada de leishmaniose cutânea por Leishmania (Leishmania) amazonensis Histopathology of the localized form of cutaneous leishmaniasis due to Leishmania (Leishmania) amazonensisMário A. P. MoraesFernando T. SilveiraSão descritas as alterações microscópicas presentes na forma localizada (ulcerada) da Leishmaniose cutânea produzida por Leishmania (Leishmania) amazonensis. Nesse tipo de manifestação, menos conhecido do que a forma anérgica ou difusa devida ao mesmo agente, as lesões são clinicamente idênticas às de leishmaniose cutânea causada por espécies outras de Leishmania, pertencentes ao subgênero Viannia. Na infecção localizada por L. (L.) amazonensis, entretanto, há um aspecto peculiar, só recentemente conhecido, ou seja, cerca de 50% dos indivíduos atingidos não reagem ao teste de Montenegro. A principal característica histológica observada foi a acumulação na derme, quase sempre focal, de numerosos macrófagos contendo no citoplasma um grande vacúolo cheio de amastigotas. O quadro é semelhante ao da forma difusa, porém sem o aspecto histiocitomatóide, próprio da última. Afora esses grupos de macrófagos, vêem-se também, na forma localizada, muitas células mononucleares da inflamação, principalmente plasmócitos e macrófagos não parasitados. Os acúmulos de macrófagos com amastigotas, quando volumosos, podem sofrer necrose na parte central; os parasitos, contidos nas células, são destruídos com elas ou liberados, e sua eliminação através da úlcera deve contribuir para a cura do processo. Esse tipo de necrose nunca foi descrito em casos da forma difusa. Não houve grande diferença, no quadro histológico, entre pacientes Montenegro-negativos e positivos. Apenas em alguns casos, do grupo Montenegro-positivo, havia granulomas formados por histiócitos epitelióides sem parasitos. Quanto à persistência das células com parasitos nas lesões, observou-se que aos seis meses ou mais de evolução, em ambos os grupos, ainda estavam elas presentes. Tal achado não é comum na leishmaniose tegumentar por L. (V.) braziliensis.<br>The microscopic changes found in the localized form of the human cutaneous leishmaniasis due to Leishmania (Leishmania) amazonensis are reported. In this form, less known than the diffuse one caused by the same species, the clinical manifestations are identical to those produced by other Leishmania species of the subgenus Viannia. There is, however, in the localized infection by L (L.) amazonensis, a peculiar feature, only recently discovered: about 50% of the affected individuals are Montenegro-negatives. The main histologic change observed in the skin sections was the presence of groups of macrophages with a large vacuole in the cytoplasm, containing many amastigotes. The microscopic picture is similar to that found in the diffuse form of the disease, the difference being only quantitative. When in large numbers, the macrophages suffers necrosis, which generally starts at the center of the groups. First, in this process, the membrane of the parasitized cells ruptures, and the amastigotes become free; later, both cells and parasites are destroyed. The picture can be seen either in Montenegro-negative or in Montenegro-positive patients. The macrophages with amastigotes may persist in tissues for as long as 6-7 months, while in the infections due to L (V.) braziliensis the parasites usually disappear in a few weeks.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651994000500011LeishmaniaLeishmania (Leishmania) amazonensisLeishmaniose cutânea localizadaHistopatologia da leishmaniose
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