Summary: | Em vista da tensão entre a enorme relevância do cosmopolitismo, por um lado, e a situação prática preocupante do nosso planeta, por outro, o texto defende que o projeto cosmopolitista carece de novos horizontes de inspiração. Em busca de tal horizonte, o texto enfoca a relação entre humanismo e cosmopolitismo, em particular as consequências, para o projeto cosmopolitista, daquilo que os autores denominam miopia humanista. Essa miopia surge da crença de que lá no fundo todos os seres humanos estão primariamente orientados para formas benevolentes, empáticas e dialógicas de se vincular com os outros. Isso leva a uma negligência sistemática das propensões dos seres humanos para formas indiferentes, malévolas e violentas de relacionar-se com os outros. O estudo argumenta em prol de um humanismo crítico, objetivando uma visão cosmopolita de uma sociedade mundial mais justa e sustentável, mas de igual forma crítica com relação às diferentes manifestações da miopia humanista
|