Adenocarcinoma de endométrio: Epidemiologia, tratamento e sobrevida de pacientes atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Introdução: Neste estudo, descreve-se o perfil clínico das pacientes e as características histopatológicas dos carcinomas de endométrio tratados no setor de Oncologia Genital do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), assim como as formas de tratamento, fatores prognósticos e sobrevida. Método...
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Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
2015-02-01
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doaj-3b7e9480f40843f481aa7c279feac6922020-11-25T00:55:56ZengHospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Clinical and Biomedical Research0101-55752357-97302015-02-0135126933Adenocarcinoma de endométrio: Epidemiologia, tratamento e sobrevida de pacientes atendidas no Hospital de Clínicas de Porto AlegreMarcia Appel0Tiago Selbach Garcia1Lúcia Kliemann2Valentino Magno3Heleusa Mônego4Maria Celeste Osório Wender5Universidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulHospital de Clínicas de Porto AlegreUniversidade Federal do Rio Grande do SulIntrodução: Neste estudo, descreve-se o perfil clínico das pacientes e as características histopatológicas dos carcinomas de endométrio tratados no setor de Oncologia Genital do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), assim como as formas de tratamento, fatores prognósticos e sobrevida. Métodos: Estudo de coorte histórica incluindo todas as pacientes submetidas a tratamento cirúrgico primário entre 1996 a 2012. Após revisão de prontuários médicos, foram analisadas as variáveis idade, status hormonal, tipo histológico e grau tumoral, invasão miometrial, estadiamento cirúrgico, cirurgia realizada, tratamento complementar e sobrevida. Resultados: Cento e sessenta e quatro pacientes foram incluídas no estudo, com idade média de 64,2 anos (31-95 anos), sendo quase 90% delas pós-menopáusicas. O tempo de seguimento variou de 4 dias a 14,6 anos. O tipo histológico endometrioide foi o mais encontrado (78% dos casos). A histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral com linfadenectomia pélvica foi a cirurgia mais realizada (77,5%). Tratamento complementar foi realizado em 57,9% das pacientes, sendo a radioterapia o tratamento de escolha em 87,4% deles. Ocorreram 36 óbitos (22%) durante o seguimento, com uma sobrevida média global de 125 meses. Em análise bivariada, idade ≥ 65 anos, tipo histológico não endometrioide, tumores pouco diferenciados (G3), invasão miometrial ≥ 50% e metástase linfonodal relacionaram-se significativamente a um menor tempo de sobrevida. Em análise multivariada, a histologia não endometrioide estádio III e IV, e a presença de comprometimento linfonodal foram significativamente associados ao óbito. Conclusão: Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura existente e vêm em acréscimo à escassa estatística nacional.http://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/51280Adenocarcinoma de endométrioneoplasia endometrialepidemiologiasobrevidatratamento |
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Introdução: Neste estudo, descreve-se o perfil clínico das pacientes e as características histopatológicas dos carcinomas de endométrio tratados no setor de Oncologia Genital do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), assim como as formas de tratamento, fatores prognósticos e sobrevida.
Métodos: Estudo de coorte histórica incluindo todas as pacientes submetidas a tratamento cirúrgico primário entre 1996 a 2012. Após revisão de prontuários médicos, foram analisadas as variáveis idade, status hormonal, tipo histológico e grau tumoral, invasão miometrial, estadiamento cirúrgico, cirurgia realizada, tratamento complementar e sobrevida.
Resultados: Cento e sessenta e quatro pacientes foram incluídas no estudo, com idade média de 64,2 anos (31-95 anos), sendo quase 90% delas pós-menopáusicas. O tempo de seguimento variou de 4 dias a 14,6 anos. O tipo histológico endometrioide foi o mais encontrado (78% dos casos). A histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral com linfadenectomia pélvica foi a cirurgia mais realizada (77,5%). Tratamento complementar foi realizado em 57,9% das pacientes, sendo a radioterapia o tratamento de escolha em 87,4% deles. Ocorreram 36 óbitos (22%) durante o seguimento, com uma sobrevida média global de 125 meses. Em análise bivariada, idade ≥ 65 anos, tipo histológico não endometrioide, tumores pouco diferenciados (G3), invasão miometrial ≥ 50% e metástase linfonodal relacionaram-se significativamente a um menor tempo de sobrevida. Em análise multivariada, a histologia não endometrioide estádio III e IV, e a presença de comprometimento linfonodal foram significativamente associados ao óbito.
Conclusão: Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura existente e vêm em acréscimo à escassa estatística nacional. |
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