Summary: | Estudo realizado em Porto Velho (RO), junto a doentes de tuberculose que interromperam o tratamento. A partir da abordagem qualitativa e do método hermenêutico-dialético de análise do material das entrevistas, foi possível inferir que os sujeitos deste estudo têm pouco conhecimento sobre tuberculose e tomam atitudes relacionadas ao impacto que o diagnóstico e o tratamento prolongado causaram a eles próprios e ao seu meio social. Para os doze entrevistados, a interrupção do tratamento relaciona-se a motivos enraizados no não-dito, efeitos colaterais dos medicamentos, desorganização dos serviços e ilusão de estar curado. Isto implica repensarmos nossas posições técnico-metodológicas e as relações profissional-doente, visando a uma abordagem que possibilite encararmos tuberculose-interrupção de tratamento como experiências vividas pelas pessoas, famílias e redes sociais por elas tecidas ao longo do tempo.
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