Quem ainda ri da bicha preta, efeminada e pobre?

Esse artigo discute a ideia de reconhecimento através da imagem da bicha preta, efeminada e pobre, para pensar a questão dos direitos LGBT no contexto contemporâneo. Isso é feito a partir das reações críticas de LGBT e não LGBT diante do clipe da música “Me Solta”, do cantor de funk Nego do Borel. O...

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Main Author: Tiago Duque
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Campinas 2019-11-01
Series:ETD: Educação Temática Digital
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8654808
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spelling doaj-3b5b8b389a9649a293512060364e13f62020-11-25T01:26:04ZengUniversidade Estadual de CampinasETD: Educação Temática Digital1676-25922019-11-0121488990710.20396/etd.v21i4.86548088654808Quem ainda ri da bicha preta, efeminada e pobre?Tiago Duque0Universidade Federal de Mato Grosso do SulEsse artigo discute a ideia de reconhecimento através da imagem da bicha preta, efeminada e pobre, para pensar a questão dos direitos LGBT no contexto contemporâneo. Isso é feito a partir das reações críticas de LGBT e não LGBT diante do clipe da música “Me Solta”, do cantor de funk Nego do Borel. O clipe da referida música é entendido nessa reflexão como um artefato cultural produzido e (re)produtor de relações de poder e subjetividades que, via a imagem risível de uma figura bastante difundida na mídia nacional, ensina o quanto a questão do reconhecimento tem sido diferente em relação há décadas atrás. A metodologia empregada é a “etnografia de tela”, isto é, aquela que utiliza técnicas da etnografia associadas a estratégias de análises de imagens e filmes. A reflexão teórica é demarcada, principalmente, por autoras/es pós-críticos (feminismos, queers, pós-coloniais e decoloniais). Conclui-se, entre outros pontos, que precisa-se pensar, em tempos de pânico moral e de maior reivindicação dos direitos LGBT, o estigma e os campos de inteligibilidades diante das novas experiências de reconhecimento e identificação, dos LGBT e não LGBT, mesmo via os discursos de não representatividades.https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8654808artefato culturalreconhecimentodireitos lgbtfunk
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