Paulo Freire e a produção de subjetividades democráticas: da recusa do dirigismo à promoção da autonomia
Em sua tese de 1959, Paulo Freire interpretou o Brasil a partir de uma "antinomia fundamental": à "emergência do povo na vida pública" não corresponderia uma adequada "disposição mental" para agir, pois essa população seria "inexperiente" em regimes democrátic...
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Universidade Estadual de Campinas
2014-12-01
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doaj-3a7c1b6f1e63420c9781327d29ee96f82020-11-25T00:07:11ZdeuUniversidade Estadual de CampinasPro-Posições1980-62482014-12-01253234310.1590/0103-7307201407502S0103-73072014000300002Paulo Freire e a produção de subjetividades democráticas: da recusa do dirigismo à promoção da autonomiaEduardo Dullo0Universidade de São PauloEm sua tese de 1959, Paulo Freire interpretou o Brasil a partir de uma "antinomia fundamental": à "emergência do povo na vida pública" não corresponderia uma adequada "disposição mental" para agir, pois essa população seria "inexperiente" em regimes democráticos. O objetivo deste texto é analisar a proposta pedagógica de Freire como uma saída para esse problema histórico nacional, apontando-o como a tentativa de produção de subjetividades democráticas, cidadãs. Para isso, centra-se a discussão em torno de dois conceitos, o de dirigismo e o de autonomia, e sugere-se uma interpretação de Freire em dois níveis hierarquizados: em um há uma relação horizontal de troca dialógica e em outro, englobante, há uma relação vertical de transformação dos "dispositivos mentais". Aponta-se, a partir de pesquisa documental sobre a "Experiência de Angicos", como a tensão entre esses dois níveis constituiu a principal dificuldade encontrada - a de produzir autonomia a partir de uma relação de autoridade.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73072014000300002&lng=en&tlng=enPaulo Freireeducação políticacidadaniaautonomia |
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Em sua tese de 1959, Paulo Freire interpretou o Brasil a partir de uma "antinomia fundamental": à "emergência do povo na vida pública" não corresponderia uma adequada "disposição mental" para agir, pois essa população seria "inexperiente" em regimes democráticos. O objetivo deste texto é analisar a proposta pedagógica de Freire como uma saída para esse problema histórico nacional, apontando-o como a tentativa de produção de subjetividades democráticas, cidadãs. Para isso, centra-se a discussão em torno de dois conceitos, o de dirigismo e o de autonomia, e sugere-se uma interpretação de Freire em dois níveis hierarquizados: em um há uma relação horizontal de troca dialógica e em outro, englobante, há uma relação vertical de transformação dos "dispositivos mentais". Aponta-se, a partir de pesquisa documental sobre a "Experiência de Angicos", como a tensão entre esses dois níveis constituiu a principal dificuldade encontrada - a de produzir autonomia a partir de uma relação de autoridade. |
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