Implicações cognitivas, filosóficas e educativas do trabalho do patologista

O estabelecimento do diagnóstico anatomopatológico envolve processos mentais complexos, incluindo atenção, percepção, memória, planificação e linguagem, nem sempre claramente compreendidos pelos próprios patologistas. Pouca importância tem sido dada a esses aspectos da prática em patologia, não obst...

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Bibliographic Details
Main Authors: Gil Patrus Pena, José de Souza Andrade-Filho
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associção Brasileira de Educação Médica
Series:Revista Brasileira de Educação Médica
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022006000200010&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-3a6cc006f1ac4e37b9b6ff5967b040c22020-11-25T01:13:56ZporAssocição Brasileira de Educação MédicaRevista Brasileira de Educação Médica1981-5271302768610.1590/S0100-55022006000200010S0100-55022006000200010Implicações cognitivas, filosóficas e educativas do trabalho do patologistaGil Patrus Pena0José de Souza Andrade-Filho1Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Felício RochoServiço de Anatomia Patológica do Hospital Felício RochoO estabelecimento do diagnóstico anatomopatológico envolve processos mentais complexos, incluindo atenção, percepção, memória, planificação e linguagem, nem sempre claramente compreendidos pelos próprios patologistas. Pouca importância tem sido dada a esses aspectos da prática em patologia, não obstante suas profundas implicações não apenas na educação e ensino da patologia, mas também no entendimento da natureza dos intricados processos envolvidos no diagnóstico patológico. Neste trabalho, elaboramos uma base teórica para o processo diagnóstico. Na descrição dos processos mentais cognitivos, utilizamos a concepção de Luria e Vygotsky, salientando suas origens culturais, na maneira como esses processos são mediados pela linguagem. A questão da dicotomia entre objetividade e subjetividade é abordada por meio da biologia do conhecer, de Humberto Maturana. A partir dessas concepções, apresentamos um modelo teórico de planificação cognitiva do processo diagnóstico, levando em conta os aspectos cognitivos, comunicativos e normativos, além da própria atuação do patologista em relação ao caso, ao paciente e ao médico assistente. As implicações educativas decorrentes desse modelo são também apresentadas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022006000200010&lng=en&tlng=enEducation, MedicalPathologyDiagnosis
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