Summary: | O texto reporta-se aos olhares discentes de turmas de terceiro ano do Ensino Médio acerca do movimento (inter)disciplinar ensejado em aulas conjuntas em componentes de Ciências Humanas. Para tanto o trabalho mira entender a dinâmica de concretude da integração no ensino e principalmente da interdisciplinaridade em contraste análogo à visão preponderante que evoca às tarefas como fruto de meras missões metodológicas, fundadas na vontade dos profissionais. Além disso, busca-se definir à luz do pensamento de Moraes, (1997); Gramsci, (2005) caracterizações elementares à esta dinâmica; de modo a dirimir os efeitos da dispersão polissêmica.
Assim, sob o crivo da concretude as atividades de ensino-aprendizagem são avaliadas pelos participantes, com ênfase nos relatos dos estudantes que perpassam pelas narrativas que aludem à ideia inicial de justaposição, avançando para noção de visão geral; do “todo junto” e abrindo posteriormente para a dimensão do trabalho que permite o surgimento de ângulos diversos na aparição dos conceitos, interligando posteriormente suas conexões que se densificam no campo da contextualização das aulas. Por fim, esta sistematização das vozes permite captar a capacidade de fazer relações entre as classes, atingindo seu apogeu no momento propriamente interdisciplinar como fruto de uma oportunidade histórica de trabalho escolar bem sucedido.
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