SOBRE A RELAÇÃO ENTRE ANTECEDENTE E CONSEQÜENTE EM PROPOSIÇÕES COM OPERADORES CONDICIONAIS
Em linguagem natural, parece ser obrigatória a existência de uma relação de sentido entre o antecedente e o conseqüente em uma proposição com operadores condicionais do tipo se... então. Essa relação não está inerentemente ligada à forma lógico-semântica do operador, P à Q (se P, então Q), nem à sua...
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Universidade de Santa Cruz do Sul
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doaj-3990bffd5c4c4858a464483743c5accd2020-11-25T01:58:33ZporUniversidade de Santa Cruz do SulSigno0101-18121982-20142007-09-013252919820SOBRE A RELAÇÃO ENTRE ANTECEDENTE E CONSEQÜENTE EM PROPOSIÇÕES COM OPERADORES CONDICIONAISGabriel de Ávila OtheroEm linguagem natural, parece ser obrigatória a existência de uma relação de sentido entre o antecedente e o conseqüente em uma proposição com operadores condicionais do tipo se... então. Essa relação não está inerentemente ligada à forma lógico-semântica do operador, P à Q (se P, então Q), nem à sua sintaxe. Sempre nos esforçamos para interpretar a relação entre antecedente e conseqüente, de alguma forma. Quando a interpretação é difícil, acreditamos estar diante de sentenças pragmaticamente mal formadas. Por isso, acreditamos que a interpretação de um condicional dependa de inferências pragmáticas que o falante pode construir com a ajuda do contexto. A interpretação do condicional, em uma interface lingüística x comunicação, depende de elementos que vão além de uma análise formal. A estrutura de uma sentença condicional é determinada por sua sintaxe; a semântica da proposição garante que o uso do condicional dispare uma inferência de relação entre P e Q; e, em contexto, via pragmática, podemos determinar a natureza dessa inferência.http://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/35Condicionais. Semântica. Pragmática. |
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0101-1812 1982-2014 |
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Em linguagem natural, parece ser obrigatória a existência de uma relação de sentido entre o antecedente e o conseqüente em uma proposição com operadores condicionais do tipo se... então. Essa relação não está inerentemente ligada à forma lógico-semântica do operador, P à Q (se P, então Q), nem à sua sintaxe. Sempre nos esforçamos para interpretar a relação entre antecedente e conseqüente, de alguma forma. Quando a interpretação é difícil, acreditamos estar diante de sentenças pragmaticamente mal formadas. Por isso, acreditamos que a interpretação de um condicional dependa de inferências pragmáticas que o falante pode construir com a ajuda do contexto. A interpretação do condicional, em uma interface lingüística x comunicação, depende de elementos que vão além de uma análise formal. A estrutura de uma sentença condicional é determinada por sua sintaxe; a semântica da proposição garante que o uso do condicional dispare uma inferência de relação entre P e Q; e, em contexto, via pragmática, podemos determinar a natureza dessa inferência. |
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