Ficções de escritores fictícios
O autor vem sendo objeto de estudo desde que sua existência foi reconhecida. Ao longo do tempo, seu papel na sociedade e na construção do texto literário receberam diferentes matizes. Na segunda metade do século XX, seu desaparecimento foi anunciado como necessário para que o texto se abrisse a múl...
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Universidade Federal de Santa Catarina
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doaj-3971acfbf85c493aa0b8238072486b922020-11-25T03:39:16ZporUniversidade Federal de Santa CatarinaAnuário de Literatura1414-52352175-79172014-08-0119210.5007/2175-7917.2014v19n2p922435Ficções de escritores fictíciosClaudia Maria Pereira Almeida0Universidade do Estado do Rio de Janeiro Colégio Pedro II O autor vem sendo objeto de estudo desde que sua existência foi reconhecida. Ao longo do tempo, seu papel na sociedade e na construção do texto literário receberam diferentes matizes. Na segunda metade do século XX, seu desaparecimento foi anunciado como necessário para que o texto se abrisse a múltiplos sentidos construídos pelo leitor. Embora a noção de autor nunca tenha se desvanecido, na literatura contemporânea podemos observar sua presença recorrente no tecido textual na forma de autores-personagens. Dentre as várias formas em que se apresenta, destacamos duas que compartilham a natureza fictícia, mas trilham caminhos bastante diferentes nos fios do texto: Eckermann, em Le Coeur de Marguerite (1999), de Vassilis Alexakis, e Émile Ajar, em Pseudo (1976), de Romain Gary. Transformado em elemento da ficção, o autor adquire novos sentidos e suscita novas reflexões sobre o que é um autor. https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/32370Vassilis AlexakisRomain GaryAutorFicção contemporânea |
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O autor vem sendo objeto de estudo desde que sua existência foi reconhecida. Ao longo do tempo, seu papel na sociedade e na construção do texto literário receberam diferentes matizes. Na segunda metade do século XX, seu desaparecimento foi anunciado como necessário para que o texto se abrisse a múltiplos sentidos construídos pelo leitor. Embora a noção de autor nunca tenha se desvanecido, na literatura contemporânea podemos observar sua presença recorrente no tecido textual na forma de autores-personagens. Dentre as várias formas em que se apresenta, destacamos duas que compartilham a natureza fictícia, mas trilham caminhos bastante diferentes nos fios do texto: Eckermann, em Le Coeur de Marguerite (1999), de Vassilis Alexakis, e Émile Ajar, em Pseudo (1976), de Romain Gary. Transformado em elemento da ficção, o autor adquire novos sentidos e suscita novas reflexões sobre o que é um autor.
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