Um lugar para a Filosofia?
De que modo pode a Filosofia integrar-se às demais disciplinas da grade curricular dos cursos técnicos do IFSul? E como se insere uma disciplina como essa em instituições de ensino que têm tradicionalmente como foco o ensino tecnológico e profissionalizante, como são os Institutos Federais? Primeira...
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense
2010-01-01
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doaj-391beeca1b0b4b018d981971bb36c35a2020-11-24T23:47:28ZporInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-GrandenseRevista Thema2177-28942010-01-0107010109Um lugar para a Filosofia?Samir Dessbesel FerreiraLuiz Roberto Lima BarbosaConrado Abreu ChagasDe que modo pode a Filosofia integrar-se às demais disciplinas da grade curricular dos cursos técnicos do IFSul? E como se insere uma disciplina como essa em instituições de ensino que têm tradicionalmente como foco o ensino tecnológico e profissionalizante, como são os Institutos Federais? Primeiramente, a Filosofia poderia contribuir na formação do profissional egresso, desenvolvendo-lhe competências relacionadas ao filosofar, em especial as relacionadas ao raciocínio abstrato e à comunicação, o que poderia vir a fazer a diferença no mercado de trabalho. Assim, os Institutos Federais ofereceriam um ensino de excelência com o objetivo de formar o técnico mais bem qualificado possível ao mercado de trabalho. Todavia, o aparelhamento técnico de nossos jovens, embora essencial para o desenvolvimento do País, não pode apresentar-se como a preocupação prioritária dos educadores, pois é fundamental considerar-se a formação integral da pessoa humana. Qual educação, afinal, queremos? E qual o papel da escola pública em nossa sociedade? O direcionamento unilateral à qualificação profissional pode levar-nos à formação de uma espécie de “superpeão”. A escola não pode ser serva do mercado. Ela tem o papel maior de agente de questionamento e transformação da sociedade. A concepção de Ensino Médio Técnico-Integrado nos parece orientar-se antes para a formação “integral” do cidadão, da pessoa em sua totalidade. O trabalho não é apenas uma relação econômica, mas também ética, política e estética. Deve ser uma forma de realização, de humanização do mundo, e não de coisificação do homem. É sempre possível pensar nossos espaços de educação formal como um compartilhar humano de sentidos, de afetos, de vivências, de posturas, de identidades. A esses espaços deverá a qualificação técnica sempre agregar-se, jamais sobrepor-se.http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/10/13/index.php/thema/article/view/13/8FilosofiaEducação ProfissionalCidadaniaTrabalho |
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De que modo pode a Filosofia integrar-se às demais disciplinas da grade curricular dos cursos técnicos do IFSul? E como se insere uma disciplina como essa em instituições de ensino que têm tradicionalmente como foco o ensino tecnológico e profissionalizante, como são os Institutos Federais? Primeiramente, a Filosofia poderia contribuir na formação do profissional egresso, desenvolvendo-lhe competências relacionadas ao filosofar, em especial as relacionadas ao raciocínio abstrato e à comunicação, o que poderia vir a fazer a diferença no mercado de trabalho. Assim, os Institutos Federais ofereceriam um ensino de excelência com o objetivo de formar o técnico mais bem qualificado possível ao mercado de trabalho. Todavia, o aparelhamento técnico de nossos jovens, embora essencial para o desenvolvimento do País, não pode apresentar-se como a preocupação prioritária dos educadores, pois é fundamental considerar-se a formação integral da pessoa humana. Qual educação, afinal, queremos? E qual o papel da escola pública em nossa sociedade? O direcionamento unilateral à qualificação profissional pode levar-nos à formação de uma espécie de “superpeão”. A escola não pode ser serva do mercado. Ela tem o papel maior de agente de questionamento e transformação da sociedade. A concepção de Ensino Médio Técnico-Integrado nos parece orientar-se antes para a formação “integral” do cidadão, da pessoa em sua totalidade. O trabalho não é apenas uma relação econômica, mas também ética, política e estética. Deve ser uma forma de realização, de humanização do mundo, e não de coisificação do homem. É sempre possível pensar nossos espaços de educação formal como um compartilhar humano de sentidos, de afetos, de vivências, de posturas, de identidades. A esses espaços deverá a qualificação técnica sempre agregar-se, jamais sobrepor-se. |
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