Summary: | Os mais recentes esforços de revitalização do enfoque interpretativo na Ciência Política têm sua gênese na década de 1960, quando vários autores passaram a advogar a centralidade do estudo dos significados lingüístico e hermenêutico dos fenômenos políticos. Dentre tais autores, destaca-se o filósofo e politólogo Charles Taylor, cujos textos dos anos 1960 e 1970 desferem críticas contundentes ao naturalismo subjacente ao mainstream da Ciência Política da época. Meu objetivo é explorar a crítica de Taylor ao naturalismo, pensadas no contexto de uma proposta de abordagem interpretativa para a Ciência Política. Primeiramente, contextualizarei as contribuições de Taylor no âmbito mais amplo do interpretive turn nas Ciências Sociais. Em seguida, sumarizarei as reservas que Quentin Skinner e Clifford Geertz apresentam à crítica de Taylor.
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