ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DE UM SETOR RURAL NOS MUNICÍPIOS DE ASSÚ E CARNAUBAIS/RN

Foi realizada uma caracterização hidroestratigráfica numa área ao sul do município de Carnaubais/RN, na qual se tem o aquífero Aluvial I (Quaternário), predominantemente insaturado, sobreposto ao aquífero cárstico Jandaíra (Cretáceo), o qual se apresenta como a principal unidade hidrogeológica mais...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: José Braz Diniz Filho, Paula Stein, Germano Melo Júnior, Narendra Kumar Srivastava
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas 2014-09-01
Series:Revista Águas Subterrâneas
Subjects:
Online Access:https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/27820
Description
Summary:Foi realizada uma caracterização hidroestratigráfica numa área ao sul do município de Carnaubais/RN, na qual se tem o aquífero Aluvial I (Quaternário), predominantemente insaturado, sobreposto ao aquífero cárstico Jandaíra (Cretáceo), o qual se apresenta como a principal unidade hidrogeológica mais rasa. O aquífero Jandaíra (calcários e margas intercaladas) foi estudado na sua porção superior (espessura de até 122,0 m), sendo registrada a ascensão do nível estático nos poços após estes interceptarem as entradas de água nos condutos/cavernas cársticas da zona saturada, caracterizando uma superfície potenciométrica de caráter virtual. O fluxo das águas subterrâneas coincide com a declividade geral do terreno, de oeste para leste (no sentido do vale do Rio Açu), embora não ocorram condições de efluência, nem fontes, considerando que a superfície potenciométrica não aflora. Sugere-se como hipótese que o intervalo cárstico estudado represente porções de antigos sistemas cársticos mais antigos. Estes provavelmente teriam se desenvolvido nos eventos de exposição sub-aérea do Turoniano/Campaniano (entre 93 e 70 milhões de anos), em seguida erodidos e soterrados pelo aquífero Aluvial I na área estudada. A condutividade elétrica das águas subterrâneas do aquífero Jandaíra varia entre 589 a 3088 µS/cm, com águas que podem ser usadas para diversos fins. Essa amplitude de variação pode indicar condutos mais ou menos isolados, e águas subterrâneas mais ou menos estagnadas que caracterizariam diferentes salinidades.
ISSN:0101-7004
2179-9784