Summary: | A proposta deste trabalho é refletir sobre experiências interculturais que se abrem para as imagens, as narrativas, a poética, a estética e a ontologia ameríndias, como as oficinas para cineastas indígenas do <em>Vídeo nas Aldeias</em>, a restauração do mito tupinambá em <em>Meu destino é ser onça</em>, de Alberto Mussa, a tradução dos cantos Caxinauás em <em>Ouolof</em>, de Herberto Helder, ou ainda a descentralização do cânone literário brasileiro na antologia <em>Poesia.br</em>, organizada por Sergio Cohn. Projetos que emprestam sua técnica (literária, cinematográfica, tradutória, editorial) para que esse outro fale de si e de nós enquanto outros. Neste contato, a literatura e o cinema brasileiro contemporâneos são afetados por um devir-minoritário que cava uma língua-menor na língua maior e desestabiliza a cultura padrão.
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