Os tempos de escuta

A partir do que poderíamos chamar de fenomenologia da escuta, desejo traçar um mapa de alguns marcos que descrevem o outubro chileno passado, no qual podemos apreciar uma tensão entre modos de experimentar o tempo de ocupação da cidade. Diante do tempo de produção e administração eficientes do trab...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mauricio Barría Jara
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Campinas 2020-12-01
Series:Conceição/Conception
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conce/article/view/8662158
Description
Summary:A partir do que poderíamos chamar de fenomenologia da escuta, desejo traçar um mapa de alguns marcos que descrevem o outubro chileno passado, no qual podemos apreciar uma tensão entre modos de experimentar o tempo de ocupação da cidade. Diante do tempo de produção e administração eficientes do trabalho, surgiu um tempo longo e subversivo, que interrompe a lógica da eficiência, à qual se contrapõe o tempo do controle do estado de exceção. Pensar a “explosão social” como uma insubordinação do tempo, permite compreender de outro lugar a dinâmica do corpo e da experiência que se realiza neste processo social no Chile e nos faz presentes no lugar da escuta como o nó sobre o qual podemos levantar uma crítica aos fundamentos de representatividade de nossas democracias atuais. Finalmente, a ação do grupo feminista LasTesis, “Un violador en tu camino”, oferece um bom exemplo desse tipo de insubordinação.  
ISSN:2317-5737