Summary: | A partir do que poderíamos chamar de fenomenologia da escuta, desejo traçar um mapa de alguns marcos que descrevem o outubro chileno passado, no qual podemos apreciar uma tensão entre modos de experimentar o tempo de ocupação da cidade. Diante do tempo de produção e administração eficientes do trabalho, surgiu um tempo longo e subversivo, que interrompe a lógica da eficiência, à qual se contrapõe o tempo do controle do estado de exceção. Pensar a “explosão social” como uma insubordinação do tempo, permite compreender de outro lugar a dinâmica do corpo e da experiência que se realiza neste processo social no Chile e nos faz presentes no lugar da escuta como o nó sobre o qual podemos levantar uma crítica aos fundamentos de representatividade de nossas democracias atuais. Finalmente, a ação do grupo feminista LasTesis, “Un violador en tu camino”, oferece um bom exemplo desse tipo de insubordinação.
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