Osteomielite Aguda/Artrite Séptica no Período Neonatal. Revisão de 10 anos
Resumo Objectivo: Determinar a prevalência de recém-nascidos internados na Unidade de Neonatologia por suspeita de osteomielite aguda hematogénea/artrite séptica e comparar as características clínicas, radiológicas, microbiológicas, bem como a evolução e a terapêutica instituída. Doentes e Métodos...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2014-09-01
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Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
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doaj-36cf162578a24e6dad522f51c99b8ca22020-11-25T02:13:22ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-09-0136510.25754/pjp.2005.4892Osteomielite Aguda/Artrite Séptica no Período Neonatal. Revisão de 10 anosA.P. FernandesM. J. ValeA. CostaL. MalheiroF. Graça Resumo Objectivo: Determinar a prevalência de recém-nascidos internados na Unidade de Neonatologia por suspeita de osteomielite aguda hematogénea/artrite séptica e comparar as características clínicas, radiológicas, microbiológicas, bem como a evolução e a terapêutica instituída. Doentes e Métodos: Revisão da casuística de recém-nascidos admitidos na Unidade de Neonatologia de I Agosto i993 a 31 Julho 2003, por suspeita de osteomielite aguda hematogénea/artrite séptica. Esta entidade foi definida pela presença de dois dos critérios: sinais clínicos sugestivos e/ou característicos e sintomas de infecção óssea/articular com duração inferior a duas semanas; hemocultura ou cultura tecidular positiva; pus no aspirado ósseo/articular; achados imagiológicos típicos; resolução sintomática com antibiotcrapia adequada. Resultados: Cinco recém-nascidos apresentavam critérios de inclusão. Todos tinham choro à mobilização e pscudoparalisia do membro afectado, com evolução < 48 horas» excepto num caso, com duração de dez dias. Dois apresentavam sinais inflamatórios locais.Houve isolamento de Streptococcus Grupo B e Streptococcus viridans, em duas hemoculturas. O estudo radiológico à entrada foi anormal no doente com queixas mais arrastadas. Duas, das três RMN efectuadas, revelaram alterações. A antibiotcrapia parentérica foi instituída 30 dias. Os doentes ficaram assintomáticos entre o sexto e o 16° dia de terapêutica antibiótica. Uma criança necessitou de drenagem cirúrgica por não haver resolução clínica com a antibioterapia instituída. Conclusões: Os resultados obtidos realçam a importância da suspeita desla entidade cm todo o recém-nascido com alterações da actividade motora ou da mobilização articular, bem como com sinais inflamatórios articulares. Numa fase precoce da doença os achados analíticos e imagiológicos podem não ser conclusivos. A resposta a um tratamento adequado pode corroborar com csle diagnóstico. Palavras-Chave: Osteomielite, Artrite Séptica, Recém-nascidos, Streptococcus Grupo B, Streptococcus viridans https://pjp.spp.pt//article/view/4892 |
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Resumo
Objectivo: Determinar a prevalência de recém-nascidos internados na Unidade de Neonatologia por suspeita de osteomielite aguda hematogénea/artrite séptica e comparar as características clínicas, radiológicas, microbiológicas, bem como a evolução e a terapêutica instituída. Doentes e Métodos: Revisão da casuística de recém-nascidos admitidos na Unidade de Neonatologia de I Agosto i993 a 31 Julho 2003, por suspeita de osteomielite aguda hematogénea/artrite séptica. Esta entidade foi definida pela presença de dois dos critérios: sinais clínicos sugestivos e/ou característicos e sintomas de infecção óssea/articular com duração inferior a duas semanas; hemocultura ou cultura tecidular positiva; pus no aspirado ósseo/articular; achados imagiológicos típicos; resolução sintomática com antibiotcrapia adequada. Resultados: Cinco recém-nascidos apresentavam critérios de inclusão. Todos tinham choro à mobilização e pscudoparalisia do membro afectado, com evolução < 48 horas» excepto num caso, com duração de dez dias. Dois apresentavam sinais inflamatórios locais.Houve isolamento de Streptococcus Grupo B e Streptococcus viridans, em duas hemoculturas. O estudo radiológico à entrada foi anormal no doente com queixas mais arrastadas. Duas, das três RMN efectuadas, revelaram alterações. A antibiotcrapia parentérica foi instituída 30 dias. Os doentes ficaram assintomáticos entre o sexto e o 16° dia de terapêutica antibiótica. Uma criança necessitou de drenagem cirúrgica por não haver resolução clínica com a antibioterapia instituída.
Conclusões: Os resultados obtidos realçam a importância da suspeita desla entidade cm todo o recém-nascido com alterações da actividade motora ou da mobilização articular, bem como com sinais inflamatórios articulares. Numa fase precoce da doença os achados analíticos e imagiológicos podem não ser conclusivos. A resposta a um tratamento adequado pode corroborar com csle diagnóstico.
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