INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DE AQUÍFEROS CÁRSTICOS NA EVOLUÇÃO DO RELEVO: PORÇÃO CENTRAL DA CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA, BRASIL

O presente trabalho discute como o funcionamento hidrogeológico do aquífero cárstico condiciona e interage com a evolução morfológica do relevo. O sistema cárstico situado na porção central da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil abriga um conjunto de sítios espeleológicos de relevância no país. A regi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Lucas de Queiroz Salles, Luiz Rogério Bastos Leal, Ricardo Galeno Fraga de Araujo Pereira, Fernando Verassani Laureano, Thiago dos Santos Gonçalves
Format: Article
Language:English
Published: União da Geomorfologia Brasileira 2018-01-01
Series:Revista Brasileira de Geomorfologia
Subjects:
Online Access:http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/1214
Description
Summary:O presente trabalho discute como o funcionamento hidrogeológico do aquífero cárstico condiciona e interage com a evolução morfológica do relevo. O sistema cárstico situado na porção central da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil abriga um conjunto de sítios espeleológicos de relevância no país. A região é palco de importantes descobertas científicas, particularmente relacionados à espeleologia e evolução dos terrenos cársticos. Entretanto, a compreensão das relações existentes entre a morfologia e a hidráulica subterrânea ainda estão pouco exploradas. Com esse intuito, foram realizados estudos comparativos entre as feições morfológicas do terreno e dados de capacidade específica de poços tubulares, apoiados por dados hidrogeoquímicos e de isótopos estáveis (δ<sup>13</sup>C). As feições superficiais do terreno mostraram correlação com os dados de capacidade específica, principalmente levando em consideração a distribuição de dolinas. Já quando comparados com a profundidade, os dados de capacidade específica apresentaram dois intervalos de maior produtividade: o primeiro para poços com menos de 60 metros de profundidade, e o segundo para poços com profundidade variando entre 91 e 120, sugerindo uma maior conexão hidráulica nesses intervalos de classe. A evolução morfológica da área estudo é, provavelmente, intrínseca a coalescência de dois processos de carstificação distintos: a carstificação hipogênica e a epigênica, que conotam ao sistema características distintas.
ISSN:1519-1540
2236-5664