Summary: | Este trabalho tem como propósito apresentar um estudo comparativo de duas traduções brasileiras da peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare, com enfoque no Ato 1, Cena 3, na qual constam as falas da personagem secundária Ama, que são carregadas de comicidade e certo teor sexual. Para esse propósito, serão feitas algumas breves considerações sobre o elo entre o humor e a tradução e sobre essa personagem secundária, cujas características cômicas se assemelham ao clown, figura bastante recorrente na literatura dramática medieval e que foi transposta para o palco renascentista. As duas traduções utilizadas para este trabalho analítico são de Bárbara Heliodora (1997) e Beatriz Viégas-Faria (2016). A análise demonstra que ambas as tradutoras buscaram, cada uma à sua maneira, lidar com a comicidade da personagem de modo criativo, sem perder de vista o teor cômico presente no texto-fonte.
|