Summary: | Este artigo pretende apresentar uma das ideias de Santo Agostinho (354-430) sobre o tempo, exposta em sua obra As Confissões, qual seja, a de que o tempo teve um início, e não é infinito no passado. Tal ideia será confrontada com os critérios propostos por Karl Popper (1902-1994) para se demarcar os limites entre as ciências naturais e os demais ramos do conhecimento. O propósito desta confrontação é apresentar uma discussão sobre como a história da filosofia pode produzir ideias cientificamente relevantes, mesmo que essas ideias advenham de reflexões metafísicas, filosóficas e teológicas sem aparente conexão imediata com a ciência moderna.
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