Summary: | Objetivo: avaliar a relação entre alterações das contrações uterinas e parto prematuro. Metodologia: entre fevereiro de 1996 e junho de 1998, 73 gestantes com risco para o parto prematuro foram submetidas à monitorização externa das contrações uterinas, da 24ª à 34ª semana de gestação, duas vezes por semana, durante 60 minutos. O teste foi considerado positivo quando as contrações uterinas apresentavam freqüência maior ou igual a 4 contrações/hora antes da 30ª semana e a 6 contrações/hora após esta data. Resultado: foram excluídas da análise 17 pacientes (23,28%) por apresentarem patologias obstétricas ou evolução desfavorável para os resultados finais. Das 56 gestantes restantes, a incidência de partos prematuros espontâneos foi de 23,21% (13/56). A freqüência média das contrações uterinas foi significativamente maior no grupo que evoluiu para o parto prematuro. O método revelou uma sensibilidade de 69,23%, uma especificidade de 86,04% e valores preditivos positivo e negativo de 60% e 90,24%, respectivamente. Conclusão: o teste negativo está associado a baixo risco de nascimento prematuro. Contudo, diante do teste positivo, torna-se necessária a associação com outros marcadores do parto prematuro para melhor identificar pacientes com risco elevado.<br>Purpose: to evaluate the relationship between uterine contractions and premature delivery. Methods: between February 1996 and July 1998, 73 high risk pregnant women for preterm delivery, between the 24th and 34th weeks of gestation, were submitted to uterine contraction monitoring with tokodynamometers for 1 hour twice a week. The positive test was the presence of 4 contractions/h before the 30th week of gestation, and after this time, 6 contractions/h. Result: of 73 women, 17 patients (23.28%) were excluded from the final analysis because they presented obstetric problems or unfavorable development for the final result. The rate of preterm delivery was 21.23% (13/56). The mean frequency of uterine contractions was greater in women with preterm delivery than in those with term delivery. The test presented sensitivity of 69.23%, specificity of 86.04%, positive predictive value of 60% and negative predictive value of 90.24%. Conclusion: negative tests are associated with a low risk of preterm birth. When the test is positive, association with other premature delivery markers is necessary to improve our ability to efficiently identify patients at risk for preterm delivery.
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