Summary: | A liderança eficaz é condicionante para a obtenção do máximo desempenho das equipes de projetos e das próprias instituições, independente dos obstáculos que se interponham entre elas e seus objetivos. O Exército Brasileiro compartilha dessa visão e reconhece as limitações da hierarquia e disciplina para amalgamar a vontade comum em torno do comandante. Dentre as competências essenciais para a liderança apontadas consensualmente por especialistas civis e militares, desponta a de negociação. A crise de autoridade que perpassa a sociedade atual, além dos desafios de gerir mudanças que a transformação do Exército prenuncia, valoriza ainda mais o “saber negociar” como requisito para o “bem liderar”. Nesse sentido, questionou-se até que ponto essa correlação é reconhecida pela Força e se essa perspectiva oficial é compartilhada pelo seu pessoal, com base em sua realidade empírica. Adicionalmente, questionou-se o tipo de preparo oferecido pela Instituição aos recursos humanos destinados ao comando – os oficiais e sargentos – comparando-o com experiências inspiradoras de exércitos mais avançados. Constatou-se, mediante pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, dissonância entre a postura institucional e a experiência e necessidades apontadas pelos Quadros. Diagnosticou-se a necessidade da Força sistematizar a negociação como ferramenta para a liderança nos diversos níveis de comando e estruturar a capacitação do pessoal nesse campo.
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