Vozes e poder no telejornal: o funcionamento do discurso reportado no Jornal Nacional da Rede Globo
Este artigo se propõe a apresentar algumas reflexões sobre vozes e poder no telejornalismo, com base num estudo de caso, uma notícia do Jornal Nacional do Grupo Globo. A questão central é sobre o poder do editor e dos jornalistas na construção da notícia, constituída majoritariamente por meio de d...
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Universidade de São Paulo
2017-08-01
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Series: | Linha D'Água |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/128319 |
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doaj-338a068ef9ca443282bb771a064b336a2020-11-25T03:37:52ZspaUniversidade de São PauloLinha D'Água0103-36382236-42422017-08-0130110.11606/issn.2236-4242.v30i1p89-114117289Vozes e poder no telejornal: o funcionamento do discurso reportado no Jornal Nacional da Rede GloboDóris de Arruda Carneiro da Cunha0Universidade Federal de Pernambuco Este artigo se propõe a apresentar algumas reflexões sobre vozes e poder no telejornalismo, com base num estudo de caso, uma notícia do Jornal Nacional do Grupo Globo. A questão central é sobre o poder do editor e dos jornalistas na construção da notícia, constituída majoritariamente por meio de discursos reportados. No telejornal analisado, as formas de inserção do heterodiscurso são pouco diversificadas e aparentemente neutras: o discurso citante do editor e apresentador chama a jornalista que introduz outras vozes – fragmentos de entrevista, de declarações oficiais, de testemunhos, na forma de citação direta ou indireta. A estratégia é não usar formas linguísticas que mostrem explicitamente seus pontos de vista. No entanto, as vozes selecionadas servem para ilustrar e acentuar os pontos de vista velados da empresa e dos seus profissionais, funcionando como argumento de autoridade. Dessa forma, a TV Globo exerce seu poder manipulando o grande público, pouco atento a essa estratégia, que faz crer que a notícia do Jornal Nacional é neutra e detentora de verdade. http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/128319 |
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Este artigo se propõe a apresentar algumas reflexões sobre vozes e poder no telejornalismo, com base num estudo de caso, uma notícia do Jornal Nacional do Grupo Globo. A questão central é sobre o poder do editor e dos jornalistas na construção da notícia, constituída majoritariamente por meio de discursos reportados. No telejornal analisado, as formas de inserção do heterodiscurso são pouco diversificadas e aparentemente neutras: o discurso citante do editor e apresentador chama a jornalista que introduz outras vozes – fragmentos de entrevista, de declarações oficiais, de testemunhos, na forma de citação direta ou indireta. A estratégia é não usar formas linguísticas que mostrem explicitamente seus pontos de vista. No entanto, as vozes selecionadas servem para ilustrar e acentuar os pontos de vista velados da empresa e dos seus profissionais, funcionando como argumento de autoridade. Dessa forma, a TV Globo exerce seu poder manipulando o grande público, pouco atento a essa estratégia, que faz crer que a notícia do Jornal Nacional é neutra e detentora de verdade.
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