Summary: | RESUMO Este artigo se propõe a tecer reflexões sobre a semiformação, estado em que se encontra o ensino superior, apresentando a didática crítica de Gruschka (2014) como alternativa crítica, capaz de recuperar o potencial de esclarecimento da educação. Para tal, pautou-se a discussão através dos estudos críticos de Adorno (1996) em seu ensaio conhecido como a Teoria da Semicultura (1959). A massificação cultural invadiu o sistema educacional cuja formação técnica e racional se multiplicou e resultou na banalização de práticas que revelam a degradação de espaços - como a sala de aula - que originariamente deveriam permitir a capacidade da autorreflexão, em locais de doutrinação instrumental de artifícios que postulam os alunos às exigências do mercado e aos imperativos de uma sociedade totalmente imersa no consumismo. Criou-se uma formação na qual todos os interesses se aliaram ao capital - a ideia de que o sujeito quanto mais ajustado ao seu estilo de vida à lógica do capital, mais produtivo se tornava. Restou para a educação contemporânea o desafio de permanecer na reflexão crítica quando seu ambiente já está tomado pelo semiformação.
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