Escritos de Comunidades Novas Católicas e as religiões de matrizes africanas em sala de aula: violências religiosas
Este trabalho versa sobre questões religiosas no campo educacional, considerando que, sendo o Brasil aberto à pluralidade religiosa em sua constituição, comumente traz problemáticas quanto ao pertencimento dos alunos na confissão de suas crenças, ou mesmo na aceitação do outro, se esta crença for...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal de Santa Maria
2019-11-01
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Series: | Educação (UFSM) |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/35142/pdf |
Summary: | Este trabalho versa sobre questões religiosas no campo educacional, considerando
que, sendo o Brasil aberto à pluralidade religiosa em sua constituição, comumente
traz problemáticas quanto ao pertencimento dos alunos na confissão de suas
crenças, ou mesmo na aceitação do outro, se esta crença for diferente do que seja
considerado como padrão. Isto fica mais evidente se tomarmos por base as religiões
de matrizes africanas - a saber, para esta pesquisa, a Umbanda e o Candomblé -
ficando estabelecido um cenário de rejeição pelo estereótipo criado, em âmbito
social, a partir de alguns segmentos religiosos, sendo nosso objeto de análise um
movimento cristão, católico, advindo do seio do pentecostalismo carismático
católico: as Comunidades Novas. Esta pesquisa tem caráter qualitativo, onde foram
analisadas fontes escritas das Comunidades Católicas Shalom e Canção Nova, as
duas sendo referência neste ambiente católico, em contraste com as orientações
dos documentos gerados a partir da lei 10.639/03, sobre valorização da cultura afrobrasileira na educação. Os escritos que partem destas comunidades católicas
citadas provocam um olhar de preconceito e discriminação em relação às crenças
de matrizes africanas enfocadas neste estudo. Entendemos que se faz necessário
um aprofundamento maior por parte dos professores nas causas que envolvem a Lei
nº 10.639/2003, para se tornarem agentes no cumprimento da legislação, em favor
de ações afirmativas multiculturais, abertas ao diálogo inter-religioso, em que a
comunidade escolar é a maior beneficiada nesse processo. |
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ISSN: | 0101-9031 1984-6444 |