Summary: | Numerosos artigos no âmbito da Pediatria Neonatal e Cardiologia Pediátrica publicados em revistas pediátricas internacionais de reconhecido prestígio têm veiculado matéria sobre
estudos científicos legitimando mudança de atitudes na prática clínica. Aliás, é sabido que os avanços diagnósticos e terapêuticos, sucedendo-se a um ritmo extremamente célere, criam a necessidade de actualização permanente; esta é uma das missões da Acta Pediátrica Portuguesa (APP), com o objectivo último de obter qualidade na prestação de cuidados à Comunidade.
Vem este escrito a propósito da utilização do dispositivo não invasivo, de fácil manejo e apefeiçoado ao longo dos anos, designado oxímetro transcutâneo (vulgo oxímetro de pulso), hoje muito familiar em todas as áreas da medicina, pediátrica ou não. Podendo ser portátil pelas exíguas dimensões em determinados modelos e não necessitando de calibração, mas tão somente de utilização correcta, permite monitorizar de modo contínuo e confiável o estado de oxigenação tecidual através da determinação
da saturação da hemoglobina em oxigénio (vulgo saturação em oxigénio/SpO2), assim como a frequência cardíaca.1
Literatura recente tem dado ênfase à utilização de tal aparelho em duas situações específicas: 1) como auxiliar na reanima
ção do recém-nascido (RN) no bloco de partos; b) na detecção precoce de cardiopatias congénitas nos primeiros dias de vida, sendo apresentada fundamentação que tem conduzido à criação de consensos e recomendações emanadas por diversos grupos de trabalho.2,3
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