Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze
Gilles Deleuze, embora pouco ou nada tenha escrito sobre educação, concedeu uma especial atenção ao conceito de aprendizado. Concebido como um processo involuntário disparatado por um encontro violento com signos heterogêneos que nos levam a pensar, a noção deleuziana de aprendizado parece não conce...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual de Campinas
2018-10-01
|
Series: | ETD: Educação Temática Digital |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8650025 |
id |
doaj-2fc5b234136444c2bba0de4ec9ce70a9 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-2fc5b234136444c2bba0de4ec9ce70a92020-11-25T02:06:25ZengUniversidade Estadual de CampinasETD: Educação Temática Digital1676-25922018-10-012041018103510.20396/etd.v20i4.86500258650025Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em DeleuzeChristian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci0Universidade de São PauloGilles Deleuze, embora pouco ou nada tenha escrito sobre educação, concedeu uma especial atenção ao conceito de aprendizado. Concebido como um processo involuntário disparatado por um encontro violento com signos heterogêneos que nos levam a pensar, a noção deleuziana de aprendizado parece não conceder espaço para qualquer figura imbuída de autoridade professoral. A aprendizagem, em Deleuze, apresentar-se-ia como um processo imanente que, em tese, prescindiria de mestres ou professores. Não obstante isso, em diversos momentos de sua obra, o filósofo francês chegou a defender a importância de possuirmos mestres ou professores. Buscando elucidar essa aparente contradição, esse artigo procurará pensar como a figura do mestre convive no interior da noção de aprendizado forjada por Deleuze. Para tanto, resgataremos a distinção deleuziana entre o professor público e o pensador privado, tomando-as como disparadoras para pensarmos a figura do mestre. Acreditamos que tal distinção, contrapondo-se às noções formuladas por Immanuel Kant de uso privado e uso público da razão, possibilitaria pensarmos o mestre como aquele responsável por romper com o universo judicativo kantiano e capaz de ofertar um vislumbre de um pensamento sem qualquer lastro judicativo ou representativo – intento último da filosofia de Deleuze e Deleuze-Guattari.https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8650025gilles deleuze. filosofia da educação. pensamento filosófico |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci |
spellingShingle |
Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze ETD: Educação Temática Digital gilles deleuze. filosofia da educação. pensamento filosófico |
author_facet |
Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci |
author_sort |
Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci |
title |
Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze |
title_short |
Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze |
title_full |
Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze |
title_fullStr |
Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze |
title_full_unstemmed |
Entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em Deleuze |
title_sort |
entre o professor público e o pensador privado: a figura do mestre em deleuze |
publisher |
Universidade Estadual de Campinas |
series |
ETD: Educação Temática Digital |
issn |
1676-2592 |
publishDate |
2018-10-01 |
description |
Gilles Deleuze, embora pouco ou nada tenha escrito sobre educação, concedeu uma especial atenção ao conceito de aprendizado. Concebido como um processo involuntário disparatado por um encontro violento com signos heterogêneos que nos levam a pensar, a noção deleuziana de aprendizado parece não conceder espaço para qualquer figura imbuída de autoridade professoral. A aprendizagem, em Deleuze, apresentar-se-ia como um processo imanente que, em tese, prescindiria de mestres ou professores. Não obstante isso, em diversos momentos de sua obra, o filósofo francês chegou a defender a importância de possuirmos mestres ou professores. Buscando elucidar essa aparente contradição, esse artigo procurará pensar como a figura do mestre convive no interior da noção de aprendizado forjada por Deleuze. Para tanto, resgataremos a distinção deleuziana entre o professor público e o pensador privado, tomando-as como disparadoras para pensarmos a figura do mestre. Acreditamos que tal distinção, contrapondo-se às noções formuladas por Immanuel Kant de uso privado e uso público da razão, possibilitaria pensarmos o mestre como aquele responsável por romper com o universo judicativo kantiano e capaz de ofertar um vislumbre de um pensamento sem qualquer lastro judicativo ou representativo – intento último da filosofia de Deleuze e Deleuze-Guattari. |
topic |
gilles deleuze. filosofia da educação. pensamento filosófico |
url |
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8650025 |
work_keys_str_mv |
AT christianfernandoribeiroguimaraesvinci entreoprofessorpublicoeopensadorprivadoafiguradomestreemdeleuze |
_version_ |
1724934067092193280 |