Summary: | RESUMO: Este artigo explora como novas formas de capital e de organização da vida humana têm contribuído para a construção de um cenário fértil para a consolidação de uma universidade operacional, competitiva e heterônoma dentro do contexto do capitalismo acadêmico. Para isso, realizou-se, inicialmente, um paralelo entre o “novo espírito do capitalismo” de Boltanski e Chiapello, a “sociedade em rede” de Castells e a “modernidade líquida” de Bauman, explorando questões relacionadas ao esfacelamento das relações humanas e de trabalho. Tendo como pano de fundo as questões levantadas por esses autores, buscou-se entender as consequências dessas transformações para a universidade, retratando a Universidade Operacional como uma expressão de uma sociedade líquida-reticular. Por fim, buscou-se analisar tais mudanças sob a perspectiva da teoria do capitalismo acadêmico, explorando suas origens e expressões contemporâneas no Brasil; assim como as maneiras pelas quais uma rede de atores internos e externos à universidade têm se engajado no processo de redefinição das fronteiras entre o público e o privado. Espera-se que este estudo possa contribuir para o avanço acerca do entendimento da situação atual da educação superior brasileira subsidiando o de(com)bate sobre a desconfiguração da universidade aprofundada no contexto do capitalismo acadêmico.
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