Summary: | Objetivos: analisar os resultados do tratamento das hérnias inguinais por videolaparoscopia em meninos acima de 6 meses de idade. Métodos: foram incluídos em um estudo prospectivo todos os pacientes masculinos acima de seis meses de idade que chegaram ao ambulatório de Cirurgia Pediátrica do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas e/ou da clínica privada dos autores, com diagnóstico de hérnia inguinal não recidivada, de julho de 1999 até novembro de 2001. Empregou-se a mesma técnica cirúrgica videolaparoscópica em todos os pacientes. Resultados: foram estudados 51 pacientes, tendo sido efetuadas 68 herniorrafias inguinais por videolaparoscopia. A idade média dos pacientes foi de 40 meses, variando de 6 meses a 10 anos e 8 meses. Nos 49 pacientes que apresentavam evidência clínica de hérnia unilateral, o exame laparoscópico mostrou que 32 (65,3%) tinham apenas a hérnia unilateral, com exploração do lado contralateral normal. O achado de espessamento do cordão inguinal como critério para diagnosticar hérnia ou persistência do conduto peritônio-vaginal contralateral apresentou sensibilidade de 52,9% e especificidade de 53,1%. Um caso de moderado sangramento dos vasos espermáticos foi a única complicação transoperatória (2%). Em nenhuma cirurgia foi necessária a conversão para a técnica aberta. Não houve atrofia dos testículos nem criptorquia iatrogênica. Dois pacientes apresentaram recidiva da hérnia (4%). Conclusões: a técnica videolaparoscópica mostrou-se efetiva, segura e com baixa incidência de complicações no tratamento cirúrgico da hérnia inguinal em meninos. Acredita-se que o tratamento videolaparoscópico das hérnias inguinais em meninos seja um método alternativo válido em relação à cirurgia tradicional
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