Summary: | Resumo O artigo propõe analisar o modo como Machado de Assis faz uso do boato como procedimento composicional em suas crônicas. O cronista evidencia seu uso, buscando uma definição do que seja o boato, bem como organiza seus comentários sobre as matérias dos jornais a partir dessa definição. Para compreendermos tanto a definição como o uso do boato nas crônicas, propomo-nos a estabelecer diálogo entre alguma dessas crônicas e a obra de Jean-Noël Kapferer (1993), cuja pesquisa problematiza os diferentes funcionamentos do boato, entendendo-o de modo transfuncional e, para além da relaçãoverdade-mentira, como um mercado clandestino da informação ou ainda, como diria Machado de Assis, notícias que correm à boca pequena.
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