Influência do formato da desepitelização corneana sobre a acuidade visual no pós-operatório da ceratectomia fotorrefrativa (PRK)

RESUMO Objetivo: Verificar se a modificação no formato da desepitelização corneana na ceratectomia fotorrefrativa (PRK), de circular para oval, modifica a recuperação da acuidade visual (AV) no pós-operatório. Métodos: Foram avaliados prospectivamente 43 pacientes submetidos ao PRK bilateral e sim...

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Bibliographic Details
Main Authors: Vanessa Yumi Sugahara Harada, Flávia Lúcia Beraldi Rangel, Sara Silva da Silva Lopes, Daniella Villas Boas Fairbanks Barbosa, Fabio Naoki Hino, Luís Gustavo de Imparato Rodrigues Ribeiro, Fernando Antonio Galhardo Tarcha, Edmundo José Velasco Martinelli, José Ricardo de Carvalho Lima Rehder
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Series:Revista Brasileira de Oftalmologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802016000400269&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO Objetivo: Verificar se a modificação no formato da desepitelização corneana na ceratectomia fotorrefrativa (PRK), de circular para oval, modifica a recuperação da acuidade visual (AV) no pós-operatório. Métodos: Foram avaliados prospectivamente 43 pacientes submetidos ao PRK bilateral e simultâneo. De forma randomizada em cada paciente, um olho foi desepitelizado no formato circular e o outro no formato oval. No sexto dia de pós-operatório (D6) foram registradas a percepção subjetiva pelo paciente da qualidade de visão comparativa entre os olhos, a AV objetiva monocular e o aspecto do empilhamento epitelial corneano. Resultados: Em relação à percepção subjetiva da qualidade de visão, observou-se que 48,8% dos pacientes não perceberam diferença entre os olhos e 51,2% perceberam diferença (41,9% referiram melhor qualidade de visão no olho da desepitelização oval e 9,3% referiram melhor visão no olho da desepitelização circular). Em relação à AV (Snellen), a média na desepitelização oval, de 0,62, foi significativamente superior (p<0,001) que na circular, de 0,53. Quanto ao empilhamento epitelial, em 64,3% houve menor densidade do empilhamento nos olhos submetidos à desepitelização oval, em 31,0% não foi identificada diferença e em 4,8% dos olhos submetidos à desepitelização oval o empilhamento foi maior. Tais resultados se devem ao fato de que na desepitelização oval as células epiteliais provêm de bordas não equidistantes do centro da córnea e percorrem uma área menor, determinando um empilhamento epitelial central mais suave. Conclusão: Verificou-se que a modificação no formato da desepitelização corneana no PRK para oval, determinou uma significativa melhora da recuperação da AV.
ISSN:1982-8551