As formações em bolas argênticas do sistema nervoso simpático

Foram estudados, histològicamente, gânglios simpáticos provenientes de 40 pacientes portadores de enfermidades variadas e 40 gânglios tidos como normais, para pesquisar as formações cm bolas argênticas. As impregnações foram feitas pelos métodos de Cajal, Arteta, Castro, Gros, Bielschowsky e Agduhr....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: José Fernandez
Format: Article
Language:English
Published: Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO) 1957-09-01
Series:Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1957000300002&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Foram estudados, histològicamente, gânglios simpáticos provenientes de 40 pacientes portadores de enfermidades variadas e 40 gânglios tidos como normais, para pesquisar as formações cm bolas argênticas. As impregnações foram feitas pelos métodos de Cajal, Arteta, Castro, Gros, Bielschowsky e Agduhr. Foi verificado que a presença de bolas argênticas é mais constante nas doenças circulatórias periféricas; nestas afecções, foi verificada, também, a presença de um pigmento corável pelos tricrômios de Gomori e de Goldner e que, possìvelmente, tem o mesmo significado que os descritos por Fedorow 12 corados pelo vermelho neutro; tais pigmentos foram relacionados com as formações em bolas argênticas, levando em consideração os trabalhos experimentais dos autores da escola russa. A presença das formações em bolas argênticas, tanto nos casos normais como nos patológicos, é atribuída a uma hiperfunção, por excitação, do simpático, por serem mais numerosas nos casos de transtornos periféricos. Foi observado que os neurônios em íntimo contacto com as formações em bolas argênticas, apresentam sempre alterações que vão desde o grau mais leve (tumefação do soma celular, retificação dos prolongamentos, neurofibrilas mais fortemente impregnadas), até o mais grave (hiperplasia e hipertrofia dos dendritos, degeneração retrátil, degeneração pigmentar). Foi notado que as terminações das fibras pré-ganglionares e as próprias fibras apresentam, muitas vêzes, alterações (hipertrofia, sinuosidade e grande poder de impregnação); as bolas argênticas foram observadas tanto no final dos dendritos como no das fibras pré-ganglionares. Foram encontradas formações de bolas argênticas em rosário, concluindo-se que elas têm a mesma significação que as alterações claviformes. Conclui-se, finalmente, que as bolas argênticas são produtos patológicos.
ISSN:1678-4227