Summary: | Uma das formas que o capitalismo encontrou para perpetuar sua ideologia foi fazer da instituição escolar seu aparelho ideológico. Neste espaço disciplinado, não raramente se opõem educadores e educandos, e a prática pedagógica é imputada através de esquemas preestabelecidos e alienantes. Na esfera da saúde, este esquema se repete, pois as concepções de saúde/doença dos profissionais de saúde apontam a população como subordinados e transmitem a educação para a saúde calcada em conselhos e normas para os indivíduos, num processo de culpabilidade por suas doenças. Pretendemos neste trabalho relatar nossa experiência com o Psicodrama Pedagógico de ROMANÃ (1987) no levantamento de demandas referentes a informações sobre Primeiros Socorros entre adolescentes matriculados no Curso de Patrulheirismo da Rocinha(R.J.), onde os dados levantados, no ano de 1995, foram sujeitos a uma análise qualitativa do discurso. No decorrer da experiência, percebemos que a utilização de uma metodologia que não exclui o contexto social dos sujeitos da aprendizagem, contribui para que esses compreendam seu papel e compromisso com a transformação individual e coletiva. Esperamos contribuir com a Enfermagem, mostrando possibilidades pedagógicas, humanizantes e criativas para a Educação em saúde.
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