Teria o Metro-Padrão um metro?

Saul Kripke (1972) defende a existência de proposições conhecíveis \textit{a priori} que são contingentemente verdadeiras. Kripke usa como exemplo um caso apresentado por Wittgenstein (1953) sobre o Metro-Padrão de Paris. O Metro-Padrão é um objeto cuja a finalidade é determinar o comprimento padrão...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Kherian Gracher
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2015-09-01
Series:Principia: An International Journal of Epistemology
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/principia/article/view/38811
Description
Summary:Saul Kripke (1972) defende a existência de proposições conhecíveis \textit{a priori} que são contingentemente verdadeiras. Kripke usa como exemplo um caso apresentado por Wittgenstein (1953) sobre o Metro-Padrão de Paris. O Metro-Padrão é um objeto cuja a finalidade é determinar o comprimento padrão, no sistema de medidas, da unidade metro. De acordo com Wittgenstein, não podemos afirmar que o Metro-Padrão tem ou não \textit{um metro}, uma vez que ele é o padrão da medida e funciona como uma regra da linguagem. Portanto, a frase “o Metro-Padrão tem \textit{um metro}” é destituída de valor de verdade. Por outro lado, Kripke defende que tal frase não só expressa uma proposição verdadeira, como também é conhecida \textit{a priori} por aquele que estipulou que aquele objeto seria o padrão de medida. Pretendo defender neste artigo a posição de Kripke, fazendo uma análise da disputa e posteriormente respondendo a possíveis objeções de defensores da tese de Wittgenstein.
ISSN:1414-4247
1808-1711