Summary: | Este artigo se propõe a apresentar o fragmento de um estudo realizado em torno da brincadeira de pipas - atividade lúdica tradicional que se mantém em nossos dias entre crianças e jovens -, mobilizando controvérsias metodológicas eliciadas em campo sobre a postura do pesquisador, sobre o papel dos atores enquanto coautores de nossas histórias e sobre as implicações éticas de nossas escolhas na maneira de abordar nossos pesquisados. Utilizamos como fundamento teórico-metodológico a Teoria Ator-Rede, buscando exercitar uma prática de pesquisa apoiada na necessária polidez inerente à construção do conhecimento, ideia defendida por Despret e por Latour. Para esses autores, uma pesquisa só valeria a pena se, ao seu final, as partes envolvidas tivessem se diferenciado em relação a como eram em seu início.
|