Histórias da prostituição: leituras de entretenimento no Brasil oitocentista
<p>Censuradas pelos pais de família e críticos conservadores, as histórias sobre prostitutas sempre foram leituras “proibidas” que, além de estimularem o comércio livreiro ao longo dos anos, ofereciam entretenimento aos leitores por meio das “euforias e sensações” causadas pelas obras recheada...
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Universidade Regional do Cariri
2018-01-01
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doaj-2d08789ee6f9488da7431b97c6a9613e2020-12-02T18:52:14ZengUniversidade Regional do CaririMacabéa2316-16632018-01-0162819110.47295/mren.v6i2.1342806Histórias da prostituição: leituras de entretenimento no Brasil oitocentistaRenata Ferreira Vieira (UERJ)0UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ)<p>Censuradas pelos pais de família e críticos conservadores, as histórias sobre prostitutas sempre foram leituras “proibidas” que, além de estimularem o comércio livreiro ao longo dos anos, ofereciam entretenimento aos leitores por meio das “euforias e sensações” causadas pelas obras recheadas com enredos obscenos e/ou insinuações sexuais. É nessa percepção de leitura, no Brasil oitocentista, que se encontravam os romances sobre as “mulheres da vida” como <em>Lucíola</em> (1862), do escritor brasileiro José de Alencar (1829-1877), e <em>Nana</em> (1880), do escritor francês Émile Zola (1840-1902). Filiados, respectivamente, às estéticas romântica e naturalista, <em>Lucíola</em> e<em> Nana</em> ficcionalizam a vida de duas prostitutas jovens numa sociedade patriarcal do século XIX. Com objetivo de compreender como esses romances eram apropriados como “literatura de entretenimento” pelo público leitor da época, este trabalho investigará a trajetória de publicação, circulação e recepção dessas obras por meio dos pressupostos teóricos da história do livro e da leitura (CHARTIER, 1990).</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Leituras. Prostitutas. Entretenimento</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong><span> https://doi.org/10.47295/mren.v6i2.1342</span></p>http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MacREN/article/view/1342 |
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<p>Censuradas pelos pais de família e críticos conservadores, as histórias sobre prostitutas sempre foram leituras “proibidas” que, além de estimularem o comércio livreiro ao longo dos anos, ofereciam entretenimento aos leitores por meio das “euforias e sensações” causadas pelas obras recheadas com enredos obscenos e/ou insinuações sexuais. É nessa percepção de leitura, no Brasil oitocentista, que se encontravam os romances sobre as “mulheres da vida” como <em>Lucíola</em> (1862), do escritor brasileiro José de Alencar (1829-1877), e <em>Nana</em> (1880), do escritor francês Émile Zola (1840-1902). Filiados, respectivamente, às estéticas romântica e naturalista, <em>Lucíola</em> e<em> Nana</em> ficcionalizam a vida de duas prostitutas jovens numa sociedade patriarcal do século XIX. Com objetivo de compreender como esses romances eram apropriados como “literatura de entretenimento” pelo público leitor da época, este trabalho investigará a trajetória de publicação, circulação e recepção dessas obras por meio dos pressupostos teóricos da história do livro e da leitura (CHARTIER, 1990).</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Leituras. Prostitutas. Entretenimento</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong><span> https://doi.org/10.47295/mren.v6i2.1342</span></p> |
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