NECESSIDADES ASSISTENCIAIS DO HOMEM NA PERSPECTIVA DA ENFERMAGEM E A SAÚDE DA FAMÍLIA

INTRODUÇÃO Uma das propostas de atenção à saúde da população no contexto do Sistema Único de Saúde é a Estratégia da Saúde da Família – ESF (BRASIL, s.d.). Dentre as diretrizes dessa Estratégia (ESF) está a atenção específica a diferentes grupos de indivíduos englobando as diferentes etapas do ciclo...

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Bibliographic Details
Main Authors: Caroline Oliveira de Castro, Florence Romijn Tocantins
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 2010-12-01
Series:Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online
Subjects:
Online Access:http://200.156.24.158/cuidadofundamental/article/view/1141
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publishDate 2010-12-01
description INTRODUÇÃO Uma das propostas de atenção à saúde da população no contexto do Sistema Único de Saúde é a Estratégia da Saúde da Família – ESF (BRASIL, s.d.). Dentre as diretrizes dessa Estratégia (ESF) está a atenção específica a diferentes grupos de indivíduos englobando as diferentes etapas do ciclo vital: criança, adolescente, mulher, adulto e idoso (SCHRAIBER et al, 2005). Entende-se, porém que há um grupo que se torna invisível na atenção primária à saúde desenvolvida pela ESF: os indivíduos do sexo masculino. Reconhece-se que o Enfermeiro tem por propósito assistir as necessidades da clientela (ÂNGELO e BOUSSO 2001), e como tal este profissional deve ter em mente estratégias adequadas para o atendimento a pessoas do sexo masculino. Logo, será que a enfermagem está entendendo as necessidades do homem como ser individual, com suas dúvidas e com suas crenças? Será que o tipo de assistência oferecido na ESF respeita a individualidade dos membros dessa família, e em particular do homem? Schaiber e outros (2005) destacam que há uma pequena quantidade de estudos científicos relacionados à saúde do homem, em qualquer área da saúde. Então, será que o enfermeiro, que tem como uma de suas responsabilidades a assistência direta a estes usuários nos módulos da ESF, está sabendo explorar esse tema? Será que a produção científica do enfermeiro, antes da divulgação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (BRASIL 2008), contempla a assistência às necessidades dos clientes do sexo masculino inseridos no contexto da ESF está sendo contemplada? OBJETIVOS Este estudo tem por objetivo analisar a produção científica de enfermagem voltada para a saúde do homem no contexto da estratégia da saúde da família, até o ano de 2005; e, identificar a concepção de necessidade assistencial do homem focalizada pelo enfermeiro na produção científica no contexto da estratégia da saúde da família. METODOLOGIA É um estudo exploratório com abordagem qualitativa, tendo como método a revisão de literatura (POLIT e HUNGLER 2004).  O levantamento da literatura ocorreu dentre aquela disponibilizada on-line pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), acessando as bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS, Base de Dados de Enfermagem - BDENF, Literatura Internacional em Ciências da Saúde - MEDLINE e a Scientific Electronic Library Online – SciELO. Delimitou-se como período de publicação todos os artigos, referentes a temática, até o ano de 2005. Optou-se inicialmente por um levantamento bibliográfico, e realizado de modo articulado, através dos descritores de assunto (DECS): Saúde do homem, Enfermagem, Avaliação das necessidades de cuidados de saúde, com o propósito de tornar o levantamento mais eficiente e procurando dar maior garantia ao resultado. Pelo fato deste primeiro levantamento não ter oferecido nenhum resultado, optou-se por analisar toda a literatura disponível no mesmo período de tempo e nas mesmas bases de dados virtuais utilizando apenas o descritor: saúde masculina, o qual se equivale à concepção saúde do homem. Para analisar os textos identificados, e reconhecendo através de uma leitura flutuante que os mesmos apresentam concepções diferenciadas de necessidade, foi necessário localizar três concepções distintas sobre a abordagem da categoria necessidades: necessidade de cuidado, necessidade de assistência e necessidade de atenção. Para fundamentar a construção destas pré-categorias teve-se por fundamento as concepções apresentadas por Fernandes (1984), Liss (1993) e Mandu & Puntel (1999). Tendo por referência estas três concepções de necessidades, foram estabelecidas pré-categorias, utilizadas para classificar as concepções de necessidades identificadas nos textos sobre saúde masculina. Para realizar a categorização foram analisados os conteúdos de cada texto, realizando assim uma análise documental (BARDIN, 1977). RESULTADOS. Foi encontrado e selecionado um conjunto de artigos de um único periódico, utilizado inclusive para fundamentar a problematização que dá origem a este estudo. Dentre esses nove artigos podemos destacar a ausência de autores enfermeiros, com relação a categoria profissional os médicos dominavam, o ano de publicação de todos os artigos foi 2005 e alguns trabalhavam as questões de gênero, outras sexo. Dando continuidade ao estudo, optou-se por analisar toda a literatura disponível, utilizando-se diferentes concepções de necessidades. Segundo Fernandes (1984) as necessidades de cuidado são aquelas que se referem a relações inter-pessoais cliente-enfermeiro e o emprego de técnicas instrumentais - são ações de diagnóstico e tratamento, alívio de sintomas e prevenção de complicações, levando em consideração o diagnóstico e a prescrição, são intervencionistas. Para Liss (1993), necessidades assistenciais são expressas como aquelas necessidades mais diretamente avaliadas pelos profissionais de saúde, já que envolvem relação entre pessoas, são mais individuais, podendo apresentar características de relação anônima ou não. Mandu & Puntel (1999) resgatam várias concepções de necessidades e definem como necessidades de atenção as necessidades representadas e vivenciadas pela população, que reiteram as necessidades criadas pelos serviços; tem as condições sociais da população para interpretá-las de modo próprio – esta concepção focaliza predominantemente a coletividade e o anonimato.  Após a análise documental (BARDIN, 1977) observa-se que todos os textos identificam as necessidades do homem como necessidade de atenção (ASSIS e CONSTANTINO, 2005; FIGUEIREDO, 2005). Esta abordagem deixa claro que as concepções de necessidade da clientela masculina são apontadas de forma coletiva, não atentando para a doença e a vivência e experiência de cada individuo do sexo masculino. Talvez seja por esse motivo, que a clientela masculina não se identifique com os serviços de atenção primária oferecidos, quando são oferecidos (FIGUEIREDO 2005). CONCLUSÃO Merece destaque que ao analisar os nove artigos levantados referentes à saúde do homem, identificou-se que todos os textos abordam as necessidades da população masculina mediante uma perspectiva coletiva - como necessidade de atenção à saúde. Chama a atenção também que apesar do termo necessidade fundamentar a ação assistencial do enfermeiro, não foi identificado nenhum autor da área da enfermagem. Logo, e partindo do princípio que toda prática deve ter como diretriz uma fundamentação teórica, entendemos que a produção científica de enfermagem, até o ano de 2005, não subsidia a prática do enfermeiro na identificação de necessidades para propor ações de promoção, prevenção e manutenção da saúde da clientela masculina. Esta perspectiva aponta para a importância de se investigar a concepção de necessidade que fundamenta a prática profissional do enfermeiro junto à população masculina na prática assistencial e de cuidado junto a este grupo da população, constituindo-se na etapa subseqüente desta investigação.   REFERÊNCIAS ANGELO, Margareth; BOUSSO, Regina Szylit. Fundamentos de Assistência à Família em saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de enfermagem. São Paulo: Ministério da Saúde, 2001   ASSIS, Simone G.; CONSTANTINO, Patrícia; Perspectiva da prevenção da infração juvenil masculina. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.81-90, 2005.   BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa-Portugal: Ed. 70, 1977.   BATISTA, Luís Eduardo; Masculinidade, raça/cor e saúde. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.71-80, 2005.   BRASIL, Ministério da Saúde.  Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - Princípios e Diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2008 BRASIL. 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Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.47-58, 2005.   GOLDENBERG, Mirian; Dominação masculina e saúde: uso do corpo em jovens das camadas médias urbanas. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.91-96, 2005.   LAURENTI, Ruy; JORGE, M.H.P.M; GOTLIEB, S.L.D. Perfil Epidemiológico Da Morbi-Mortalidade Masculina. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.35-46, 2005.   LISS, Per-Erik. Health Care Need.  USA: Avebury, 1993   MANDU, Edir Nei T; ALMEIDA, Maria C. P. Necessidades em saúde: questões importantes para o trabalho da enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília. v.52, n.1, p. 54-66, 1999.   POLIT, Denise F; HUNGLER, Bernadette P. Fundamentos da Pesquisa em Enfermagem.  Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.   SCHRAIBER, Lília Blima; GOMES, Romeu; COUTO, Márcia Thereza. Homens e Saúde Na Pauta da Saúde Coletiva. Revista Ciência e Saúde Coletiva.  v. 10, n. 1, p. 7-17, 2005.   SOUZA, Edinilza Ramos; Masculinidade e violência no Brasil: Contribuições para a reflexão no campo da saúde. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.59-70, 2005.
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Reconhece-se que o Enfermeiro tem por propósito assistir as necessidades da clientela (ÂNGELO e BOUSSO 2001), e como tal este profissional deve ter em mente estratégias adequadas para o atendimento a pessoas do sexo masculino. Logo, será que a enfermagem está entendendo as necessidades do homem como ser individual, com suas dúvidas e com suas crenças? Será que o tipo de assistência oferecido na ESF respeita a individualidade dos membros dessa família, e em particular do homem? Schaiber e outros (2005) destacam que há uma pequena quantidade de estudos científicos relacionados à saúde do homem, em qualquer área da saúde. Então, será que o enfermeiro, que tem como uma de suas responsabilidades a assistência direta a estes usuários nos módulos da ESF, está sabendo explorar esse tema? Será que a produção científica do enfermeiro, antes da divulgação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (BRASIL 2008), contempla a assistência às necessidades dos clientes do sexo masculino inseridos no contexto da ESF está sendo contemplada? OBJETIVOS Este estudo tem por objetivo analisar a produção científica de enfermagem voltada para a saúde do homem no contexto da estratégia da saúde da família, até o ano de 2005; e, identificar a concepção de necessidade assistencial do homem focalizada pelo enfermeiro na produção científica no contexto da estratégia da saúde da família. METODOLOGIA É um estudo exploratório com abordagem qualitativa, tendo como método a revisão de literatura (POLIT e HUNGLER 2004).  O levantamento da literatura ocorreu dentre aquela disponibilizada on-line pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), acessando as bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS, Base de Dados de Enfermagem - BDENF, Literatura Internacional em Ciências da Saúde - MEDLINE e a Scientific Electronic Library Online – SciELO. Delimitou-se como período de publicação todos os artigos, referentes a temática, até o ano de 2005. Optou-se inicialmente por um levantamento bibliográfico, e realizado de modo articulado, através dos descritores de assunto (DECS): Saúde do homem, Enfermagem, Avaliação das necessidades de cuidados de saúde, com o propósito de tornar o levantamento mais eficiente e procurando dar maior garantia ao resultado. Pelo fato deste primeiro levantamento não ter oferecido nenhum resultado, optou-se por analisar toda a literatura disponível no mesmo período de tempo e nas mesmas bases de dados virtuais utilizando apenas o descritor: saúde masculina, o qual se equivale à concepção saúde do homem. Para analisar os textos identificados, e reconhecendo através de uma leitura flutuante que os mesmos apresentam concepções diferenciadas de necessidade, foi necessário localizar três concepções distintas sobre a abordagem da categoria necessidades: necessidade de cuidado, necessidade de assistência e necessidade de atenção. Para fundamentar a construção destas pré-categorias teve-se por fundamento as concepções apresentadas por Fernandes (1984), Liss (1993) e Mandu & Puntel (1999). Tendo por referência estas três concepções de necessidades, foram estabelecidas pré-categorias, utilizadas para classificar as concepções de necessidades identificadas nos textos sobre saúde masculina. Para realizar a categorização foram analisados os conteúdos de cada texto, realizando assim uma análise documental (BARDIN, 1977). RESULTADOS. Foi encontrado e selecionado um conjunto de artigos de um único periódico, utilizado inclusive para fundamentar a problematização que dá origem a este estudo. Dentre esses nove artigos podemos destacar a ausência de autores enfermeiros, com relação a categoria profissional os médicos dominavam, o ano de publicação de todos os artigos foi 2005 e alguns trabalhavam as questões de gênero, outras sexo. Dando continuidade ao estudo, optou-se por analisar toda a literatura disponível, utilizando-se diferentes concepções de necessidades. Segundo Fernandes (1984) as necessidades de cuidado são aquelas que se referem a relações inter-pessoais cliente-enfermeiro e o emprego de técnicas instrumentais - são ações de diagnóstico e tratamento, alívio de sintomas e prevenção de complicações, levando em consideração o diagnóstico e a prescrição, são intervencionistas. Para Liss (1993), necessidades assistenciais são expressas como aquelas necessidades mais diretamente avaliadas pelos profissionais de saúde, já que envolvem relação entre pessoas, são mais individuais, podendo apresentar características de relação anônima ou não. Mandu & Puntel (1999) resgatam várias concepções de necessidades e definem como necessidades de atenção as necessidades representadas e vivenciadas pela população, que reiteram as necessidades criadas pelos serviços; tem as condições sociais da população para interpretá-las de modo próprio – esta concepção focaliza predominantemente a coletividade e o anonimato.  Após a análise documental (BARDIN, 1977) observa-se que todos os textos identificam as necessidades do homem como necessidade de atenção (ASSIS e CONSTANTINO, 2005; FIGUEIREDO, 2005). Esta abordagem deixa claro que as concepções de necessidade da clientela masculina são apontadas de forma coletiva, não atentando para a doença e a vivência e experiência de cada individuo do sexo masculino. Talvez seja por esse motivo, que a clientela masculina não se identifique com os serviços de atenção primária oferecidos, quando são oferecidos (FIGUEIREDO 2005). CONCLUSÃO Merece destaque que ao analisar os nove artigos levantados referentes à saúde do homem, identificou-se que todos os textos abordam as necessidades da população masculina mediante uma perspectiva coletiva - como necessidade de atenção à saúde. Chama a atenção também que apesar do termo necessidade fundamentar a ação assistencial do enfermeiro, não foi identificado nenhum autor da área da enfermagem. Logo, e partindo do princípio que toda prática deve ter como diretriz uma fundamentação teórica, entendemos que a produção científica de enfermagem, até o ano de 2005, não subsidia a prática do enfermeiro na identificação de necessidades para propor ações de promoção, prevenção e manutenção da saúde da clientela masculina. Esta perspectiva aponta para a importância de se investigar a concepção de necessidade que fundamenta a prática profissional do enfermeiro junto à população masculina na prática assistencial e de cuidado junto a este grupo da população, constituindo-se na etapa subseqüente desta investigação.   REFERÊNCIAS ANGELO, Margareth; BOUSSO, Regina Szylit. Fundamentos de Assistência à Família em saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de enfermagem. São Paulo: Ministério da Saúde, 2001   ASSIS, Simone G.; CONSTANTINO, Patrícia; Perspectiva da prevenção da infração juvenil masculina. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.81-90, 2005.   BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa-Portugal: Ed. 70, 1977.   BATISTA, Luís Eduardo; Masculinidade, raça/cor e saúde. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.71-80, 2005.   BRASIL, Ministério da Saúde.  Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - Princípios e Diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2008 BRASIL. 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Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.47-58, 2005.   GOLDENBERG, Mirian; Dominação masculina e saúde: uso do corpo em jovens das camadas médias urbanas. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.91-96, 2005.   LAURENTI, Ruy; JORGE, M.H.P.M; GOTLIEB, S.L.D. Perfil Epidemiológico Da Morbi-Mortalidade Masculina. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.35-46, 2005.   LISS, Per-Erik. Health Care Need.  USA: Avebury, 1993   MANDU, Edir Nei T; ALMEIDA, Maria C. P. Necessidades em saúde: questões importantes para o trabalho da enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília. v.52, n.1, p. 54-66, 1999.   POLIT, Denise F; HUNGLER, Bernadette P. Fundamentos da Pesquisa em Enfermagem.  Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.   SCHRAIBER, Lília Blima; GOMES, Romeu; COUTO, Márcia Thereza. Homens e Saúde Na Pauta da Saúde Coletiva. Revista Ciência e Saúde Coletiva.  v. 10, n. 1, p. 7-17, 2005.   SOUZA, Edinilza Ramos; Masculinidade e violência no Brasil: Contribuições para a reflexão no campo da saúde. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v 10, n 1, p.59-70, 2005. http://200.156.24.158/cuidadofundamental/article/view/1141Saúde do homemEnfermagemSaúde da Família